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Saúde

Câncer de Próstata

Estimativa é de 69 mil  novos casos de câncer de próstata no Brasil em 2015. O Novembro Azul sur­giu para desmisti­ficar o câncer de próstata e estimular que os ho­mens procurem um médico para

Câncer de Próstata

10/11/2015

Por Danielli Artigas de Oliveira

O Novembro Azul sur­giu para desmisti­ficar o câncer de próstata e estimular que os ho­mens procurem um médico para fazer rastreamento, diagnóstico precoce e assim reduzir o nú­mero de mortes. Quem explica é o cirurgião oncológico Alexan­dre Guedes.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer - Inca, a es­timativa é de 69 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil em 2015 e mais de 17 mil mor­tes por essa doença. O Dr. Ale­xandre enfatiza que o principal fator de risco é a idade. Em 70% dos casos o câncer é diagnosti­cado após os 60 anos de idade. Acima de 70 anos a chance de um homem ter o câncer de prós­tata é de 60 a 70%. “O pacien­te pode ter o câncer, mas não apresentar sintomas, por isso a importância de realizar exa­mes”, comenta o especialista.

Ele enfatiza sobre a impor­tância de realizar o exame PSA (Antígeno Prostático Específi­co) que em nível aumentado, encontrado no sangue, nor­teia para o diagnóstico do cân­cer, mas é fundamental que o paciente também faça o toque retal com um urologista ou on­cologista, que são especialis­tas para avaliar corretamente a próstata.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, recomen­da-se fazer o exame a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos para afrodescendentes ou ho­mens com histórico familiar de câncer de próstata. Dr. Alexan­dre comenta que o receio dos homens passarem pelo exame de toque é mais cultural do que pelo incômodo, pois é feito com anestésico local, não causa dor e é um procedimento rápido.

Se diagnosticado precoce­mente diminui o risco de mor­talidade. Dr. Alexandre informa que nos Estados Unidos, nos últimos 20 anos a mortalidade nos casos de câncer de prósta­ta reduziu em 45%, isso devido às campanhas realizadas para conscientização, aliada à evolu­ção nos tratamentos.

Em 80% dos casos, o cân­cer de próstata é bem localiza­do e o tratamento é com cirurgia ou radioterapia. Nos demais ca­sos são mais avançados, com metástase, exigindo um trata­mento mais agressivo, com qui­mioterapia.