22/03/2015
O Brasil foi às ruas, no último domingo (15), para protestar contra a corrupção e contra a inércia do Governo Federal em combatê-la. Muitos protestaram, diretamente, contra o Governo Dilma, chegando, inclusive, a propor o impeachment.
Foi um movimento democrático, que nasceu da indignação da população ante à roubalheira que assola o País. Foi um grito de dor, de revolta de quem se sente roubado, de quem sabe que, no fim de tudo, terá que pagar a conta.
Nas grandes cidades, o povo, vestido de verde e amarelo, portou faixas, cartazes, externando o seu descontentamento. Jovens, adultos, crianças e idosos, todos tinham um único objetivo, somar-se, para gritar bem alto, para que as autoridades constituídas entendessem que ninguém aguenta mais esta situação.
De todos os cantos, de todas as cidades da Região Metropolitana, centenas, milhares de pessoas convergiram para o Centro de Curitiba. Eram, seguramente, mais de cem mil pessoas, que cantaram dezenas de vezes, o Hino Nacional Brasileiro, que ergueram o punho, que gritaram o mais forte posssível slogans como “fora corruptos”, “fora PT”. Porque o cidadão associa, não sem razão, o aparelhamento do Estado, pelo partido da presidente, nos últimos 13 anos, à corrupção desenfreada, ao “Mensalão”, ao “Petrolão” e à incompetência do Governo, em todos os níveis.
O recado dos brasileiros foi dado, em alto e bom som, em linguagem inteligível, de fácil leitura. Mas o que se viu, horas depois, na Televisão, foi a presença de dois ministros, mandados especialmente na tentativa de reduzir a pó a manifestação popular, a minimizar a importância do gigantesco evento. E como já havia acontecido com a presidente, uma semana antes, em seu pronunciamento à Nação, os ministros foram recebidos pelo povo com um acachapante “panelaço”.
No dia seguinte, a presidente, finalmente, enfrentou os jornalistas em uma entrevista coletiva, para falar sobre as manifestações. E, mais uma vez, o povo se sentiu frustrado, porque Dilma disse, apenas, que “a corrupção não nasceu agora, que é uma senhora idosa”. Ninguém merece!