08/02/2015
O ano de 2015 começou, em Campo Largo e Balsa Nova, apresentando índices de criminalidade nunca antes registrados; quase dez homicídios em pouco mais de 30 dias, percentual três vezes maior do que a média anual, verificada desde 2009; assaltos, explosões de caixas eletrônicos, insegurança nas ruas. Esse é o clima, onde observamos o colapso da ordem e o império do terror.
Poderíamos ser criticados como alarmistas, exagerados, talvez, até ao ponto de levarmos pânico à população. Mas esta é apenas uma leitura superficial da atual situação de Segurança Pública, na nossa região. Ninguém se sente seguro nem mesmo dentro de casa. As drogas circulam livremente nas cidades, o trabalho da Polícia é limitado pelas condições de contingente humano e material, inclusive combustíveis para as viaturas, alimentação, armamento.
Os governos, com os cofres vazios, não estão dando conta de aportar recursos necessários para fortalecer os organismos de defesa do cidadão. Ao mesmo tempo, fortemente armado e certo da fraqueza dos organismos que deveriam combatê-lo e caçá-lo, o crime organizado se agiganta, leva, a cada dia, milhares de reais dos caixas eletrônicos, da venda de drogas, dos assaltos a estabelecimentos comerciais, uma verdadeira indústria que fatura alto, que conquista jovens nas periferias e até nas universidades.
A sociedade está sufocada. Por um lado um governo marcado por crises sucessivas, sucumbe pela incompetência e pela corrupção. As instituições, em meio ao caos, tentam reagir, buscam os corruptos em suas tocas, tomam parte do que roubaram, mas é pouco, muito pouco. Resta a nós, cidadãos, torcermos para que a Justiça seja feita, que a força vença o lado escuro, que o bem vença esta batalha, mesmo que seja necessário irmos novamente às ruas, pararmos o País.
O cidadão está revoltado, não suporta mais a enorme carga tributária que a cada dia fica ainda mais pesada, na tentativa dos governos de taparem os furos da sua incompetência e da corrupção. O trabalhador já não aguenta mais pagar impostos e não receber, em troca, pelo menos o básico: Saúde, Educação, Segurança. Estamos numa encruzilhada, ou caminhamos para a frente, e enfrentamos uma situação ainda pior, no futuro próximo, ou paramos, dando um basta em toda esta situação. Uma reação que pode causar dor, por algum tempo, mas que certamente nos levará a dias melhores, com muito trabalho, mas com a sensação de termos reagido, de não termos nos acovardado diante da batalha iminente.
