15/12/2014

Analistas econômicos e políticos ainda não chegaram a um consenso sobre como será 2015, se um ano de recuperação ou de profunda recessão. Os sinais emitidos pelo mercado e pelas estatísticas e pelos “experts” são contraditórios. Enquanto umas empresas estão investindo, esperando aumentar a produção e, consequentemente, o faturamento, nos próximos 12 meses, outras, com queda na produção e  nas vendas, demitem seus funcionários.

O caso mais emblemático ocorre na indústria automobilística, que enfrenta queda de vendas que ultrapassam a 20%, e afeta diretamente muitos campo-larguenses. A Volvo, produtora de caminhões na Cidade Industrial de Curitiba, é uma das empresas que, enfrentando adversidade no mercado, demitem. Dentre os mais de 200 funcionários na lista de corte da empresa, esta semana, muitos campo-larguenses, que passam a viver o drama de estarem desempregados no final do ano, nas festas de Natal e Ano Novo. O horizonte de incertezas para esses trabalhadores é muito grande, porque não existe esperança de retorno rápido ao mercado.

De outro lado, algumas indústrias estão investindo. Em Campo Largo pelo menos dez novos empreendimentos, de médio e grande porte, tanto na área industrial quanto na comercial, estão contratando trabalhadores e preveem, para 2015, mais investimentos.

As incertezas na Política e na Economia, como um todo, entretanto, são desanimadoras. Hoje não se sabe como vão terminar os processos que apuram a corrupção na Petrobras, que pode mudar completamente o cenário político do País, uma vez que estariam envolvidos no escândalo dezenas de deputados federais, senadores e outros políticos da área executiva. Há quem acredite, inclusive, que a apuração dos crimes praticados contra a Petrobras possa ser muito mais abrangente, envolvendo até outros setores dos governos federal, estaduais e municipais.

Os sinais de 2015, de qualquer forma, podem melhorar muito, na medida em que todos os crimes de corrupção sejam investigados, e os culpados punidos. Porque hoje muitos brasileiros sofrem nas filas do SUS, em hospitais que não funcionam, em escolas caindo aos pedaços, em cidades sem segurança e estradas sem condições de trafegabilidade, por conta da corrupção, que suga os recursos públicos e engorda as contas dos corruptos, nos paraísos fiscais.