08/11/2014
Campo Largo terá um Natal diferente, em 2014. A cidade ainda sente os prejuízos e as dificuldades interpostas pela tempestade de granizo do dia17 de outubro. Por pelo menos dez meses, a economia da cidade mostrará reflexos desse evento climático extremo. Nem a decoração de Natal, terá novidades, serão utilizados os materiais do ano passado.
Esse já não seria um Natal gordo, como se costuma dizer, devido à crise econômica que o País atravessa, com previsão de aumento considerável nos preços dos alimentos, principalmente os de época, como o Peru, o Leitão e o Bacalhau, dos combustíveis e o aumento dos juros. Será um Natal de economia, do necessário apenas, sem exageros, segundo a discussão de empresários na Acicla.
A própria Acicla - Associação Comercial e Industrial de Campo Largo, modificou a sua campanha de Natal, por economia. Os empresários não têm condições de colocar dinheiro numa grande campanha. Os clientes das lojas não vão mais esperar os grandes prêmios, como vales-compras e automóveis, que todos os anos são sorteados. Nesse Natal, a campanha se restringirá apenas às lojas e seus clientes, em particular, cada uma sorteando prêmios própios.
Até o momento, uma grande parte das pessoas atingidas pela tempestade ainda não conseguiu telhas para cobrir suas casas. Há, em boa parte da população, a esperança de resgate de parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, para comprar as telhas e pagar a mão-de-obra para cobrir a casa. Isso vai demandar tempo porque só a partir da próxima semana é que se prevê o início do processo para liberação dos recursos. O Natal vai pegar muita gente, ainda, reformando a casa, pintando paredes, comprando colchões, camas, armários, todos danificados no dia da tempestade e, dois dias depois, com a chuva forte e a casa ainda destelhada, com lonas que foram levadas pelo vento forte.
Mas o campo-larguense vai sentir mesmo, as dificuldades para realizar a Ceia de Natal e a de Ano Novo, quando for comprar ou encomendar os alimentos, nos supermercados e açougues. O preço do Peru já quase dobrou, nos últimos 15 dias, e os frigoríficos ainda nem estão oferecendo o produto. Acredita-se que o preço ultrapasse os R$ 20,00 o quilo, nos próximos dias. O mesmo acontece com o Leitão, que custava em torno de R$ 15,00 o quilo, já está sendo oferecido a R$ 25,00 e pode chegar a R$ 30,00, até o final do ano, segundo previsão de empresários do ramo.