01/11/2014
Duas semanas. Esse foi o tempo para que a cidade renascesse, após a tempestade de granizo que a atingiu, no último dia 17, causando grande prejuízos para todos. Nesta sexta-feira (31), o comércio já estará funcionando normalmente. Algumas lojas, ainda com pequenos improvisos, mas no geral, a cidade já está com telhados novos, novos estoques, novo ânimo, como que estivesse renascendo do granizo.
Ainda há muito o que fazer, levantamento dos prejuízos, balanço geral, disposição dos entulhos, reposição de móveis, reorganização de estoques, situação dos funcionários. Haverá, ainda, consequências a longo prazo, principalmente econômicas. Lojas que perderam grande parte ou quase todo o estoque, por exemplo, terão um pouco mais de dificuldade para esse renascimento.
A Acicla - Associação Comercial e Industrial de Campo Largo, resolveu modificar a Campanha de Natal, para ajudar os empresários a reduzir custos. A tempestade, certamente, vai produzir resultados ainda por um longo período, um ano, segundo os mais otimistas.
Há, entretanto, os que enxergam a crise com outros olhos, veem oportunidades. É como que se a tempestade tenha tirado a cidade da sua zona de conforto, obrigando-a a arregaçar as mangas e se reinventar. Quem já leu o livro “Quem Mexeu no Meu Queijo?”, pode fazer uma ideia da visão de alguns empreendedores, que acreditam ser esse o tipo de momento em que é preciso ousar, é preciso fazer algo para mudar o destino.
Muitas cidades já viveram dramas iguais ou muito mais severos do que o que se abateu sobre Campo Largo, no último dia 17. Em Blumenau, Santa Catarina, a cidade criou a Oktober Fest, a maior festa do Chopp fora da Alemanha, após uma tragédia em que todos estavam muito deprimidos, e com a cidade praticamente toda destruída. O exemplo pode ser aproveitado em Campo Largo, que ainda não tem um grande evento de repercussão nacional, apesar de ter condições para tal.
Se toda a sociedade se unir em torno de um projeto, é possível realizar uma grande festa, com objetivo, por exemplo, de arrecadar fundos para ajudar as entidades assistenciais, ONGs como a Creche Mariinha, a Erce ou a Creche Anjo da Guarda, que não possuem recursos próprios para se reconstruir. Toda a cidade poderia participar de um ou dois dias de festa, no Parque Cambuí (Newton Puppi), por exemplo, nosso maior espaço, capaz de receber 30, 40, 50 mil pessoas, de uma só vez. A ideia pode ser outra, bastando que tenha apoio de todos.