19/10/2014
A avaliação dos 12 anos de Governo do Partido dos Trabalhadores está no centro da campanha do segundo turno para a eleição do novo presidente da República. As campanhas, de ambos os candidatos, tentam mostrar ao eleitor a necessidade de mudança. De parte do PT, Dilma tenta mostrar que seu governo foi eficiente e que as mudanças, as novas ideias, são projetos que darão continuidade ao que já está sendo feito, até o momento. De outro lado, Aécio, do PSDB, diz que a mudança é a troca de governante, de jeito de governar.
O eleitor, que até aqui vem sendo bombardeado por uma avalanche de informações, de ambos os lados, já demonstra cansaço com o grande volume de ataques, às vezes pessoais, que não deveriam fazer parte da propaganda eleitoral. O eleitor quer propostas, projetos, quer saber o que cada candidato pretende fazer com o dinheiro que é de todos. Quer saber como o candidato vai trabalhar para combarter a corrupção, que nos últimos anos parece ter se tornado prática comum dos governantes. Os eleitores que ainda não decidiram em quem votar, e que certamente farão a diferença, no dia da eleição, querem saber como o governante vai aplicar os recursos públicos em Educação, Saúde, Saneamento Básico, Segurança, e como vai promover a redução do Custo Brasil, a redução da carga tributária e os investimentos em estradas, portos e aeroportos.
Empatados tecnicamente, segundo as pesquisas eleitorais, com Aécio numericamente à frente de Dilma, a campanha deve se acirrar nos próximos e últimos oito dias. O eleitor indeciso, que certamente dará a vitória para um ou para outro candidato, a essa altura da campanha já está fazendo a sua escolha, com base no que vê e no que ouve, no dia a dia de cada um e no desempenho diante dos ataques do adversário.
Dois grandes debates, nas maiores redes nacionais de televisão, balisam a formação do juízo do eleitor. O primeiro, na Bandeirantes, na terça-feira (14), deu o tom da campanha, e o segundo, na Rede Globo, na próxima quinta-feira (23), poderá ser decisivo na escolha do candidato. No momento atual, ambos os candidatos parecem ter estacionado na disputa pelos últimos eleitores, com percentuais de 51% e 49%, respectivamente, com Aécio à frente.
Numa análise um pouco mais abrangente desse processo eleitoral é possível até se imaginar que ganhará a eleição o candidato que conseguir, num esforço dificílimo, quase que hercúleo, tomar pelo menos um voto do seu adversário. Voto que matematicamente valeria por dois. Esse voto poderá ser o seu.