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Opinião

Ganhar dinheiro de forma desonesta vale a pena?

Ganhar dinheiro de forma desonesta vale a pena?

21/09/2014

É justo o cidadão querer ganhar dinheiro com o suor do seu trabalho, com a sua inteligência, seu conhecimento, sua sorte, mas não é certo ganhá-lo enganando seus semelhantes. Ninguém fica impune a uma fraude, a um malfeito, um crime. Mais cedo ou mais tarde, a “fatura” vem, e vem muitas vezes de forma sutil, mas sempre com resultado devastador. A Lei Universal de Causa e Efeito é infalível. Dizem até que se trata da “Justiça Divina”, que apesar de parecer tardar, na realidade nunca tarda, e nem falha.

Muitos casos, no Brasil recente, podem ilustrar esse pensamento: Paulo Maluff, será que dorme bem? Sua família vive bem, em paz, com saúde? José Dirceu e o resto dos 40 ladrões têm sono de anjo quando colocam a cabeça no traveseiro? Eike Batista, quanta desgraça! Casos mais próximos de nós, de indivíduos que “levaram vantagem” contra os incautos, com graves prejuízos a famílias honestas, como vivem? Será que valeu a pena?

Há pessoas que só conseguem ganhar dinheiro enganando os outros, fazendo negociatas, trapaças, espalhando o mal por onde andam. Muitas vezes até ganham muito, ficam ricos, adquirem e acumulam bens. Mas estas pessoas em geral não vivem para usufruir a boa vida que a riqueza poderia lhe porporcionar. Muitos sofrem acidentes ou adquirem doença incurável, ou são envolvidos em tragédias que parecem ficção. A menina que mandou matar os pais para ficar com a herança, o neto que matou a avó para tomar o seu dinheiro, crimes estarrecedores.

Poderemos concluir que a riqueza conquistada com fraude, com a exploração dos nossos semelhantes, com o sangue, em vez do suor do rosto, não traz felicidade jamais, muito pelo contrário, traz apenas sofrimento, dor e desgraça. E a Natureza, ao apresentar a “conta”, não quer saber se é o próprio culpado que está sendo atingido ou seus familiares, o que proporciona, às vezes, muito mais dor.

Um velho cacique disse certa vez a um jornalista de quem se tornou amigo, que a riqueza que se extrai da terra  liberta, sempre, o espírito do mal. Segundo ele, “o ouro, o diamante, o petróleo, convivem com energias tão fortes que, ao serem explorados, libertam o demônio das doenças, intrigas, crimes, e que muitas gerações pagam caro, por isso. O mesmo pode-se dizer do dinheiro conquistado com a desgraça alheia, com a corrupção, a escravização do homem, a desonestidade. Mais cedo ou mais tarde, o Universo acaba cobrando a conta, um preço sempre impagável. A guerra, o derramamento de sangue, o terrorismo, são frutos, quem sabe, da corrupção, do tráfico, da exploração de riquezas que deveriam permanecer desconhecidas, para o bem da Humanidade.