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Opinião

Agosto foi talvez o mês mais violento do ano

Agosto foi talvez o mês mais violento do ano

30/08/2014

Acidentes com mortes, assassinatos, assaltos com reféns,   crimes registrados em números acima da média dos meses anteriores. Assim foi o mês de agosto de 2014, que chega ao fim nesse domingo. Não dá pra dizer que o aumento da violência no período seja somente por conta da fama do mês, que esse ano nem teve sexta-feira 13, ou seja, pela tradição exotérica não deveria ser tão violento.

Existem muitos fatores que contribuem para o recrudescimento da violência. Dá para se observar que a cada mês, a cada ano que passa, os índices são mais elevados, os cidadãos sentem-se menos seguros nas ruas, no comércio, nos bancos, nas escolas, no trabalho e até mesmo dentro de casa. De madrugada, principalmente nos fins de semana, não é incomum o cidadão acordar assustado, ouvindo a gritaria, a algazarra de desocupados que passam na rua. O perigo é o comportamento dos vândalos ultrapassar o portão das casas. E isso muitas vezes acontece.

A morte violenta de uma criança de 14 anos de idade, que estaria trabalhando quando sofreu emboscada dos assassinos, é o exemplo do nível de insegurança em que a população vive. Não há mais nenhuma garantia de que, ao fecharmos o portão e a porta de casa, para descansarmos depois de um longo dia  de trabalho e uma noite sob o bombardeio de mentiras políticas na televisão, iremos dormir em paz. Há, sempre, o perigo de assalto, de arrombamento, da ação de vândalos. O cidadão não pode ter arma em casa, para defender a si próprio e seus familiares, mas os bandidos estão sempre armados, e quase sempre muito bem armados.

Parece que há algo de errado com o Brasil, com o Governo, com as leis. Não dá mais para entender por que a Lei não reconhece e não pune, adequadamente, menores infratores. É cada vez maior o número de menores que cometem crimes bárbaros, estupros, assaltos, assassinatos. Quando são apreendidos esses menores ficam muito pouco tempo recolhidos em instituições que deveriam ser de reeducação, mas geralmente são “escolas” de onde saem “diplomados” no mundo do crime. É cada vez maior o número de menores que acabam mortos depois de um, dois anos de ingresso no mundo das drogas, no mundo do crime. A violência está chegando nas escolas, está cada vez mais perto dos lares. A sociedade precisa agir, precisa exigir dos seus representantes o cumprimento das leis, ou chegaremos ao tempo da barbárie, onde a Lei não é respeitada, e onde reina o caos.