23/08/2014

O Brasil ainda não adotou oficialmente o Voto Distrital, uma forma de  eleger represenantes de cada município, para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal, criando um vínculo direto entre a cidade e os seus deputados. O Voto Distrital, se implantado, corrigiria uma falha que já dura quase 30 anos, a falta de um deputado campo-larguense na Assembleia Legislativa. Esta ausência é muito prejudicial porque a cidade, sem força política, perde poder de disputar obras e recursos públicos, em benefício da população.

Sem um representante na Assembleia Legislativa, Campo Largo já perdeu importantes investimentos nas áreas de Educação, Cultura, Saneamento Básico e Segurança, principalmente. Perdeu, até a disputa pela implantação de indústrias, porque não conseguiu resolver um dos principais entraves para o seu desenvolvimento econômico, a desafetação das suas bacias hidrográficas, a do Itaqui, mais precisamente.

Hoje, capitaneada pela Associação Comercial e Industrial de Campo Largo, Acicla, uma campanha que defende o voto útil em candidatos campo-larguenses, toma corpo. O assunto é discutido amplamente entre os formadores de opinião e todos parecem concordar que chegou a hora da cidade se levantar e, mesmo que não exista oficialmente o Voto Distrital, ele seja implantado, tornando-se a bandeira do eleitor campo-larguense.

A ideia é difundir a necessidade do eleitor escolher um candidato da cidade e votar nele, mesmo que não concorde com a sua ideologia política. A condição única é que o candidato seja da cidade.

Restabelecendo-se a conquista de uma cadeira na Assembleia Legislativa, o Município voltará a ser obrigatoriamente enxergado pelo Poder Público do Estado.  Esse deputado, eleito praticamente com o Voto Distrital, voto de campo-larguenses, vai, qualquer que seja a sua ideologia política, ter o compromisso fechado com a cidade, vai trabalhar para defender o seu Distrito, o seu Município, porque saberá que se não trabalhar direitinho, vai perder o apoio dos seus eleitores. Estaria, desta forma, implantado, de baixo para cima, o Voto Distrital, que os políticos atuais temem implantar porque sabem que vão perder a cômoda posição de receber votos de todos os municípíos e não ter compromisso com nenhum.

A campanha da Acicla tem grandes possibilidades de “acordar” o eleitor campo-larguense para a nossa realidade política. É importante que cada formador de opinião difunda a ideia e esta necessidade vital para o Município.