12/07/2014
Empatar, perder ou ganhar, é o resultado de um jogo. Quando entramos em uma disputa esportiva, sabemos que vamos enfrentar um adversário que, no mínimo, acredita que pode nos vencer. Se analisarmos apenas a disposição dos torcedores, é fácil percebermos que eles acreditavam em suas equipes. Entretanto, gigantes do futebol mundial caíram ainda na primeira fase da Copa no Brasil.
Milhares de torcedores de seleções de países vizinhos chegaram ao Brasil acreditando em suas equipes. Mas, uma a uma torcida foi caindo na medida em que o campeonato se desenvolvia.
Mexicanos voltaram cedo para casa, o mesmo aconteceu com espanhóis, italianos, franceses, norte-americanos, chilenos, colombianos. Não há outro caminho, porque no final apenas uma pode atingir o topo. E desta vez, até mesmo a Seleção Brasileira, que sonhava colocar a sexta estrela na sua camisa, foi derrotada.
A derrota dos brasileiros já estava sendo desenhada há muito tempo, pelo menos há quatro anos, se olharmos detalhadamente o nosso comportamento. Não existe mais, no Brasil de hoje, o espírito de equipe que nos levou à conquista das nossas cinco estrelas. Nossa seleção é um punhado de jogadores, com muito talento individual, mas sem um espírito, uma alma. Os jogadores até jogam juntos, se entendem, de vez em quando, mas equipe, mesmo, em campo, não existe. Cada um parece jogar por sí, parece querer resolver o problema sozinho. A equipe não se preocupou com a defesa, e em determinados momentos, não só no jogo contra a Alemanha, mas em todos, mostrou uma ação atabalhoada, tanto no ataque quanto no pálido esquema defensivo. E só conseguimos sucesso nas partidas em que o adversário era pior do que nós.
Para ganharmos um jogo é preciso que estejamos preparados para lutar para vencer, prontos fisica e psicologicamente, e o resultado do jogo será, sempre, bom, mesmo que, em algumas vezes, adverso, diferente do que esperávamos. Não se pode ir a uma guerra, apenas com a força física dos nossos soldados. Para lutarmos com alguma chance de vitória, precisamos de bons e bem treinados soldados, armas, equipamentos modernos, preparo, estratégia e sorte. E, nesse mundial, o Brasil não tinha nenhum desses ítens, não estava preparado sequer para competir. Não se ganha uma guerra, e nem uma partida de futebol, simplesmente no grito.
O sete a um, a maior humilhação que o País já teve, nos deixa uma lição. Precisamos nos reinventar, como jogadores de futebol, ou jamais conseguiremos a tão sonhada sexta estrela.