25/05/2014

O caminho no qual se transformou a Avenida Adhemar de Barros, ligando o centro de Campo Largo com o Itaqui de Cima e vários outros núcleos residenciais da região, já existia no início do século passado. Veio a pista Norte da BR-277, e muitos acidentes, inclusive com mortes, se sucederam ao longo dos últimos anos.

A implantação de indústrias e o adensamento populacional da região tornou a travessia da pista da rodovia cada dia mais perigosa. Em menos de um mês,  a RodoNorte vai liberar o tráfego na nova pista Sul, o que deve dobrar o número de veículos, principalmente caminhões pesados, passando por aquele trecho. Esse novo tráfego deve causar um impacto significativo, na segurança dos trabalhadores e moradores da região, que todos os dias precisam atravessar, a pé ou de bicicicleta, as duas pistas da rodovia. Os acidentes serão inevitáveis, inclusive com feridos e mortos, se providências urgentes não forem tomadas pelas autoridades, para garantir mais segurança às pessoas que necessitam atravessar as pistas da rodovia.

Alguns moradores e empresários da região já estão se organizando para, se necessário, entrar com um processo, na Justiça Comum, com pedido de liminar, para impedir a inauguração da nova pista enquanto obras e outras medidas de segurança não forem realizadas. Temem pela morte de muitas pessoas, que todos os dias deverão ver duplicarem os riscos, ao atravessar as duas pistas da rodovia. Eles querem chamar a atenção das autoridades para a responsabilidade nas mortes que deverão ocorrer naquele trecho.

Estariam os empresários exagerando nas suas perspectivas? Será que vale à pena esperar mais alguns dias para ver quantas pessoas sofrerão acidentes naquele trecho? Quem se responsabilizará, se isso acontecer? A nova pista já está praticamente pronta. O contorno, que ela proporcionará, será benéfico para a cidade, uma vez que vai desviar na parte quase central da cidade, mais de 20 mil veículos/dia, principalmente caminhões e ônibus, que hoje causam problemas sérios, para quem precisa atravessar a pista Sul atual.

Autoridades campo-larguenses, empresários e representantes dos moradores (associações), além da sociedade organizada (sindicatos e associações) precisam se conscientizar da necessidade de união, para buscar a solução desse e de outros problemas sérios, que envolvem o direito de locomoção do cidadão. Em alguns anos, o adensamento do tráfego na BR-277 vai exigir novas obras de transposição. É preciso pensar nisso já.