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Opinião

Economia sente o peso do excesso de feriados

Economia sente o peso do excesso de feriados

03/05/2014

Abril foi um mês difícil para a Economia. O feriado de Sexta-feira Santa (18), aliado ao feriado de Tiradentes (21), na segunda-feira seguinte, representou sérios prejuízos ao Comércio e à Indústria em geral. A reclamação dos empresários foi ainda mais forte, porque logo em seguida temos o feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalho. Juntando tudo, a brincadeira pode representar uma queda geral no faturamento, que chega próximo de 10%. O problema é que a indústria produz menos e mantém a despesa com a Folha e manutenção dos equipamentos e o comércio, obrigado a fechar, também não vende e não tem a redução de custos em igual proporção. No final, as contas não fecham e o prejuízo é grande.

Quanto custa um feriado para o Produto Interno do Brasil? E dois, três feriados? Quanto custam todos os feriados do ano? Estudos apontam que o País perde quase 3% do PIB, por conta de feriados nacionais, estaduais e municipais. E 2014 nem é um dos anos com maior número de feriados, porque alguns caíram nos finais de semana (como Sete de Setembro num domingo e 15 de Novembro num sábado).

Recentemente um jornal inglês, com base em pesquisa, disse que o trabalhador brasileirto é pouco produtivo e que esse seria um dos motivos pelos quais a nossa economia cresce pouco. A publicação não analisa, entretanto, o impacto negativo na Economia, de erros nas administrações de municípios, estados e do País. Não analisa, também, o impacto dos feriados nos resultados do PIB. O Brasil precisa crescer mais, melhorar a sua tecnologia, produzir, vender, exportar mais. E para isso, chegará a hora em que o País vai ter que analisar esta questão, se realmente pretende crescer no ritmo chinês, seis, sete por cento ao ano. Especialistas em análise de mercado são unânimes em afirmar que o excesso de feriados contribui para desacelerar a Economia.

O Brasil, se pretende crescer, precisa ser mais competitivo, melhorar o nível da formação dos trabalhadores, observar a qualidade do que produz. O trabalhador, para acompanhar a competição do mercado, deve buscar melhor qualificação profissional, para poder conquistar salários maiores.
Para o País crescer, segundo os especialistas de mercado,  o Governo precisa rever a legislação, reduzir a carga tributária, desonerar a Folha de Pagamentos, facilitar a vida dos empreendedores. O 1º de Maio, Dia do Trabalho, deve servir para reflexão de todos, trabalhadores e empregadores, e, principalmente, para a reflexão dos políticos, sobre o destino que queremos.