08/03/2014
A CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, abriu nesta quarta-feira (05), a Campanha da Fraternidade de 2014, cujo tema é o combate ao tráfico internacional de pessoas. Nesse período, os cristãos costumam jejuar, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. A Igreja Católica recomenda o jejum, para os que têm entre 18 e 59 anos, e a abstinência de carne, a partir dos 14 anos. Além disso, a religião incentiva a prática de dar esmolas aos necessitados. O papa Francisco destacou a pobreza em sua mensagem.
Coincidência ou não, as agências da ONU lançaram, no mesmo dia (05) uma campanha global para combater vários tipos de tráfico. O evento ocorreu durante uma feira do setor de turismo em Berlim, na Alemanha. O Escritório sobre Drogas e Crime (Unodc), da ONU, informa que as mulheres representam 60% das vítimas de tráfico humano, sendo 27% crianças, na maioria meninas.
A ONU quer que todos os cidadãos do mundo apoiem a luta contra o comércio ilegal de animais selvagens, artefatos culturais, drogas, produtos piratas e o tráfico de seres humanos. A campanha, tem como tema: “Suas ações contam – seja um viajante responsável”. Segundo a agência, se o turista perceber que alguma pessoa está sofrendo qualquer tipo de abuso, seja num bar, num hotel ou num restaurante, ele deve denunciar às autoridades locais. A campanha é direcionada principalmente para os viajantes. A ONU alerta também para o comércio de partes de animais selvagens, como elefantes, rinocerontes e tigres, que correm o risco de extinção por causa de caçadores em busca dos chifres e da pele.
O comércio global do tráfico, de animais e pessoas, beneficia diretamente o crime organizado, que usa o dinheiro para financiar outras atividades ilegais. Qualquer atividade ligada ao tráfico, qualquer que seja o objeto, precisa ser denunciada às autoridades competentes. Principalmente porque, se calarmos, hoje, amanhã nós poderemos ser vítimas desse crime que, silenciosamente, prostitui e assassina pessoas, destroi famílias e marca, profundamente, as vítimas que conseguem, de alguma forma, fugir e sobreviver. O mundo precisa combater esse crime, que transforma o ser humano em objeto comercial, em droga exportável para consumo de degenerados.