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Opinião

Insegurança: até quando?

Insegurança: até quando?

18/01/2014

Alarme, câmeras de monitoramento, segurança, medo de andar à noite na rua, ou até mesmo de dia em ruas sem movimento, trauma. Até quando? Até quando os cidadãos de bem serão prisioneiros em suas próprias casas? Terão medo de sair com algo mais valioso, sair de carro sem ser visado?

Nesta semana a Segurança Pública mostrou sua fragilidade e ficamos desacreditados, porque até mesmo em um Complexo Médico Penal a segurança é falha. A fuga de Dionatan Mendes, envolvido na morte do superintendente Gogola, com outros quatro presos, nos fez pensar onde estaremos seguros?

Os campo-larguenses ficaram ainda mais com a sensação de estarem desprotegidos, de mãos atadas.
Falta de segurança em presídio tem sido notícia nacional, mas não precisamos ir longe. Como está nossa Cadeia em Campo Largo? O que pode acontecer com a superlotação? Com a falta de estrutura adequada para comportar estes presos? A Delegacia não deveria servir para este fim, mas bate de frente com a falta de investimento do Governo, então se viram como dá. E o povo tem que se virar como dá.

O baixo efetivo e falta de equipamentos de segurança impedem que nossos policiais possam trabalhar da melhor maneira. Enquanto resolvem alguns casos, outros tantos acontecem porque não há equipe suficiente para realizar o trabalho e os bandidos fazem o que bem entender.

Está tudo errado. Foi divulgado que o Fundo Penitenciário (Funpen) tem um estoque de quase R$ 2 bilhões, recurso que poderia ser investido para melhorar a segurança, mas onde está o interesse do Governo? Celas cheias que hoje são escolas para o crime, presos sem julgamentos que aumentam mais sua ira e sua vontade de vingança. Querem liberdade, mas para continuar infringindo as leis, porque já perderam seu amor próprio, seu respeito pelo próximo.

Nesse assunto esbarramos também principalmente na falta de educação, motivo pelo qual inúmeros outros problemas acontecem, como um efeito dominó. Está virando um caos e o problema precisa ser tratado de maneira integrada. Um antigo leitor da Folha já dizia em referência a um pensador: as prisões do País mostram o amor que o Governo nutre pelo seu povo.