10/01/2014
O ano de 2014, como já é tradicional a cada ano novo, começou com uma enorme carga de obrigações, para a grande maioria dos brasileiros. Somadas aos gastos extras das festas de Natal e Ano Novo, as contas do final do ano começam a vencer: cartões, carnês, boletos que não param de chegar pelo Correio, como Internet, celular, além das despesas fixas. E vão se somar às tradicionais despesas de início de ano, IPVA, IPTU, material escolar, renovação do seguro automotivo, dentre outros.
Para muita gente, as contas não fecham, e certamente vai sobrar mês no fim do dinheiro. A orientação dos economistas, nesse caso, é pagar prioritariamente as contas que geram mais encargos, como cartões de crédito e cheque especial. Zeradas estas despesas, as atenções devem se voltar para a contas que também não podem ser negligenciadas, como talões de água e luz, telefone, seguro. A falta de pagamento dessas contas podem gerar situações difíceis para o cidadão.
Os economistas alertam para a necessidade de empréstimos pessoais, caso a soma de todas as contas seja superior a 30% do salário do mês. Esses empréstimos costumam ter uma taxa menor, de encargos, do que, por exemplo, o atraso no pagamento do cartão de crédito. Nesse caso, é possível que haja a necessidade de um amplo aperto nas despesas nos próximos meses, para se chegar a um equilíbrio no qual as contas não ultrapassem a esse limite de 30% dos ganhos. Despesas como refeição fora de casa, viagens, passeios e até uma festa ou um churrasco em família, podem ser adiados para quando a situação estiver mais controlada. Há casos mais graves, em que pode ser necessário um corte ainda mais profundo nas despesas, como venda ou refinanciamento do automóvel. Nesse caso, as contas devem passar por uma auditoria profissional, para se escolher a melhor opção.
O endividamento do trabalhador é fator importante na economia nacional, o que preocupa não somente os credores (bancos, comércio e prestadores de serviços), mas também o Governo e empregadores. O aumento da inadimplência compromete o mercado como um todo, e deve ser combatido com muita segurança e critérios aceitáveis. Se uma grande parcela da população entrar em dificuldade para pagar suas contas, todo o equilíbrio do mercado estará comprometido. Vale a pena reservar, sempre, 10% de tudo o que se ganha, para uma poupança que, em casos como esse, resolvem o problema.