21/12/2013
Todos os motoristas são obrigados a conhecer os direitos dos ciclistas, constantes do Código de Trânsito Brasileiro. A distância lateral de 1,5m entre a bicicleta e o automóvel, é obrigatória, nas ruas e estradas, e quem deve guardar esta distância, não é o ciclista, mas o motorista. Se somente esta determinação fosse cumprida, não aconteceriam tantos atropelamentos de ciclistas, alguns resultados em mortes.
Nos últimos dias foram registrados vários acidentes, envolvendo automóveis e bicicletas, com ciclistas feridos gravemente, e até mortos, em Curitiba e Região Metropolitana. Campo Largo está entre estas cidades. Aqui, como nos demais municípios, o motorista não respeita o espaço do ciclista que é, como ele, um cidadão com direitos que devem ser respeitados. O Código de Trânsito trata um acidente com ciclista como atropelamento, comparando o ciclista ao pedestre, mas muitos motoristas ignoram esse detalhe e quase sempre não dão preferência a eles, como não dão aos pedrestres.
Questão de educação, de cultura, o desrespeito aos ciclistas tem provocado a maioria dos acidentes envolvendo bicicletas e veículos. Há alguns dias, uma associação de ciclistas de Curitiba realizou um “bicicletaço”, para protestar contra a onda de violência que está atingindo seus associados. Há, no meio, a intenção de chamar a atenção das autoridades para a necessidade de realização de campanhas educativas, com o objetivo de reduzir os índices de acidentes desta natureza.
Campo Largo, devido à travessia da cidade pela BR-277, é local preferido pelos ciclistas esportivos que treinam nesta via para as suas competições. Não há dia em que, indo ou voltando de Curitiba, os campo-larguenses não encontrem dezenas de ciclistas, ao longo da via. O trecho quase livre, de pouco mais de 30 quilômetros, entre Curitiba e a serra de São Luiz do Purunã, é preferido pelos atletas ciclistas para treinamento, por possuir todas as dificuldades que eles encontram num circuito esportivo oficial, com subidas e descidas, além de curvas, numa via com ótimo espaço no acostamento, onde eles se deslocam e se sentem mais seguros.
Mas a segurança é relativa. Quase sempre ao entrar numa rodovia os ciclistas fazem o Sinal da Cruz, porque sabem que estão entrando em um território perigoso, de onde acreditam que podem não sair vivos. Já foram registrados vários acidentes, inclusive com mortes, nesse trecho da nossa rodovia. É preciso mais cuidado, mais atenção de todos, motoristas e ciclistas, para evitarmos novas tragédias.