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Opinião

Casos que deixam o povo assustado

Casos que deixam o povo assustado

02/11/2013

Os últimos acontecimentos em Campo Largo deixaram a população assustada. Uma mulher deu à luz a uma criança, no interior do Município, matou-a, colocou o corpo em uma sacola plástica e jogou no mato. O caso bizarro está sendo tratado pela Polícia como possível transtorno mental da parturiente, um caso não raro de problemas psiquicos verificados em algumas mulheres, durante e após o parto.  O outro caso é tão triste quanto. Um menino de três anos teve morte súbida, inexplicável, na tarde da última quarta-feira, quando se encontrava em casa, sobre o sofá. Ataque cardíaco? Esta é uma das hipóteses, já que a outra mais provável, uma Meningite, foi descartada pelo Instituto Médico Legal.

O estranho, no caso da morte do menino de três anos, é que ele, no início da semana, com sintomas de gripe, foi levado para o Centro Médico onde um médico receitou Benzetacil, que ele tomou, melhorou mas não ficou curado. Na quarta-feira, ainda febril, foi deixado pela mãe com dois primos, de 14 e 17 anos, enquanto foi a uma escola próxima, para fazer a matrícula do menino para 2014. Quando voltava para casa, já encontrou o filho sendo socorrido pelos parentes que moram próximo. Levado às pressas para o Centro Médico, o menino não resistiu, tendo morte antes mesmo de receber os primeiros socorros.

São dois casos distintos de tragédias que poderiam ser evitadas, se o Sistema de Saúde Pública funcionasse melhor. A mãe parturiente, que teria matado o filho logo após o nascimento, se assistida previamente nos postos de saúde, com acompanhamento clínico, poderia ter dado á luz à criança numa maternidade, assistida por médicos e enfermeiros. Certamente o problema psiquico não seria evitado, mas a criança não teria sido morta. Um caso aparentemente policial que, na verdade, é um caso de Saúde Pública, que é falha.

O outro caso, o do menino de três anos, vítima de morte súbita, também poderia ter sido evitado se, ao ser levado ao Centro Médico pela família no início da semana, tivesse o seu caso sido analisado com mais cuidado e  dedicação para o diagnóstico preciso da sua doença.