02/09/2013
Câncer de pele é a forma mais comum da doença
02/09/2013
Em todo o Brasil, o câncer de pele é a forma mais comum da doença. Em geral, o paciente com câncer de pele não sente dor e, por isso, é necessário sempre uma observação cuidadosa das manchas e nevos (pintas), principalmente por quem apresenta muitas delas pelo corpo.
A forma mais comum deste câncer é o não-melanoma, cerca de 90% dos casos. Neste não dá metástase e a chance de cura é próxima a 100%, através de cirurgia. O cirurgião oncológico Alexandre Guedes, do Hospital São Lucas, orienta que as pessoas procurem um médico quando observarem lesões diferentes pelo corpo – uma mancha ou pinta que cresce, ou que muda de cor, ou que apresente mais de uma coloração, ou sangra, ou que não cicatriza. O diagnóstico é clínico com auxílio de dermatoscopia e, se tratado de maneira correta, dificilmente é necessário quimioterapia; a primeira opção, segundo o especialista, é sempre a cirurgia nestes casos.
O tipo melanoma dá metástase para outros órgãos. Nestes casos, o paciente apresenta sintomas dependendo do órgão atingido pela doença. Em ambos os casos de câncer de pele, após a cirurgia o paciente precisa ter acompanhamento de um especialista, pois é considerada uma pessoa com predisposição ao câncer. Se um nevo na mão, por exemplo, for considerado maligno e o paciente passou por cirurgia, é preciso estar ciente de que toda a mão sofreu a mesma exposição solar.
Fatores de risco
Segundo Alexandre, são mais propensas ao câncer de pele pessoas com pele clara, olhos claros, e aquelas que ficam muito expostas ao sol. Ele comenta que o uso de filtro solar é recente, por isso é comum pessoas mais idosas apresentarem a doença, principalmente quando trabalhavam na agricultura, pois ficavam muito expostas e sem o cuidado necessário. “É um risco cumulativo, se manifesta com o passar dos anos. Hoje em dia as pessoas vivem mais e se expõem por mais tempo aos fatores de risco”, explica.
O protetor solar deve ser usado diariamente em todo o corpo - porque os raios UVA e UVB atravessam a roupa - ou principalmente nas áreas que vão ficar expostas ao sol, como rosto e mãos. Além disso, o médico orienta para que seja evitado se expor ao sol das 11 às 15 horas, pois é mais prejudicial. “O histórico familiar não é tão importante neste tipo de câncer”, completa.