16/08/2013
Mais de 20 anos sem um representante na Assembleia Legislativa - o último foi Acir Mezzadri, na legislação 87/90 - Campo Largo tornou-se um município sem poder político, junto ao Governo do Estado e com muito menos junto ao Governo Federal. Vivendo praticamente de favores políticos, por conta de uma emenda aqui, outra alí, de deputados federais que, com isso garantem os seus 500/600 votos no nosso colégio eleitoral, ou pelo interesse dos governantes, em também garantir seus 10, 15 mil votos, o Município sofre com o pires nas mãos.
O número de eleitores no Município é mais que suficiente para eleger um deputado estadual, ou até dois, e um federal. Campo Largo já mostrou que sabe votar, e vota bem, sendo até mesmo o fiel da balança na eleição dos últimos governadores do Estado. Mas falta a tão falada união, dos políticos locais, para emplacar representantes na Assembleia Legislativa, ou na Câmara Federal. Muitos falam nesta união, mas poucos são os que abririam mão, efetivamente, da sua própria indicação, em favor de um candidato verdadeiramente da cidade, uma candidatura nascida da opinião pública, com apoio das associações de moradores, das igrejas, das entidades de classe, do povo.
Não há na cidade, pelo menos ainda não se detectou, um movimento no sentido de união, em prol de uma candidatura campo-larguense pura. Não se sentaram à mesa os possíveis candidatos, os líderes políticos, com a sociedade organizada, para conversar sobre o assunto. Hoje, a maioria dos políticos defende uma candidatura com a marca da Capital da Louça, mas não há indícios de que caminharão nesse sentido. Falta um começo, um café da manhã específico para falar sobre o tema, um “start” que poderá culminar com a escolha de um nome de consenso.
Mas, se vai acontecer, isso precisa ser já, o mais rapidamente possível, porque o tempo é inexorável e em Setembro próximo talvez já não existam mais condições para esse tipo de conversa. As eleições serão no ano que vem, e um ano antes os futuros candidatos já enfrentam o primeiro prazo, o de filiação.
Corremos o risco, portanto, mais uma vez, de termos cinco, seis nomes de políticos locais, como candidatos, pulverizando-se os votos dos eleitores e, novamente, sem chances de elegermos pelo menos um. A não ser que, apoiado por uma campanha forte, com muitos votos aqui e em outros municípios, termos a surpresa de ver, na relação dos eleitos, o nome de um campo-larguense, na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal. Mas, nesse caso, ele não será representante só de Campo Largo.