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Opinião

Nosso olhar sobre o Mercado em crise

Nosso olhar sobre o Mercado em crise

10/08/2013

Apesar de próspero, desenvolvido, com uma renda per capita acima da média, Campo Largo não é uma ilha, e também sente os efeitos da crise econômica mundial. Nossos produtos tipo exportação estão atravessando o Atlântico, indo para o Sul ou para o Norte, e subindo a Cordilheira dos Andes, cada vez menos. Nossas indústrias de transformação, de peças, estão produzindo menos, porque o Mercado está comprando menos. A situação gera preocupação, gera o temor de demissões.

Felizmente ainda não chegamos lá, e a perspectiva de tempos melhores estão logo alí, num horizonte de meses, apenas. Todos, empresários e trabalhadores, esperam, torcem por isso. Temos sim, fôlego para chegarmos, ainda vivos, e desfrutarmos de melhores dias, em uma nova zona de conforto.

A Folha de Campo Largo traz, nesta edição, uma entrevista com o empresário e presidente da Acicla - Associação Comercial e Industrial de Campo Largo, Wilson Perussolo, no qual o dirigente empresarial traça o perfil do atual momento econômico mundial e o seu reflexo aqui, na nossa “aldeia”. O panorama não é muito animador, já que sentimos, no bolso, o custo dos produtos, as máquinas reduzindo a velocidade e a queda nas vendas. Mas há, sempre, uma maneira de fazer uma limonada, se pelo menos tivermos o limão.

O horizonte, segundo o líder empresarial, não é de todo ruim, muito pelo contrário. Segundo ele, há uma forte possibilidade da economia engatar uma terceira marcha, já nesse final de ano, e continuar em boa velocidade em 2014, principalmente devido à Copa do Mundo.

Mas o Brasil, por não ter feito o dever de casa, por não ter resolvido os gargalos dos transportes, dos portos e aeroportos, ainda deverá amargar resultados ruins, por conta dessa deficiência. Talvez no segundo semestre de 2014, com pelo menos parte desses problemas solucionados, talvez a economia brasileira e, consequentemente a economia campo-larguense, possa engatar uma quarta, e até um quinta marcha, e navegar em um ambiente melhor.

A cidade, entretanto, precisa também fazer o seu dever de casa, precisa investir no novo centro de desenvolvimento econômico, no entorno da pista a ser desativada da BR-277, entre o Itaqui e a Rondinha, investir em infraestrutura, em transportes e equipamentos. A cidade necessita de um Centro de Eventos com capacidade para receber um grande público e grandes eventos. Campo Largo precisar querer crescer.