08/08/2013
Desde os primeiros estudos na área da nutrição, os cientistas conhecem os danos que uma alimentação mal-balanceada provoca à saúde. Nossos avós já sabiam que um sujeito que passa a vida comendo hambúrguer e embutidos corre grande risco de sofrer do coração. Já o conhecimento de como os alimentos são capazes de combater doenças é relativamente novo. Ao longo da década passada, sobretudo depois de 95, centenas de pesquisas revelaram que alguns alimentos ajudam a prevenir males como câncer e doenças cardíacas. A descoberta surgiu do interesse em investigar por que determinados grupos étnicos, como os orientais, viviam mais que outros. Chegou-se a conclusão que a alimentação cumpria papel fundamental. Hoje já se sabe com precisão quais substâncias encontradas nos alimentos têm o poder de corrigir e prevenir doenças. Com esse conhecimento, dá para elaborar uma lista de superalimentos que não devem ficar de fora da dieta de ninguém. Leia abaixo a forma ideal de consumi-los.
SOJA: o grão contém fitoestrógeno, substância semelhante ao hormônio feminino, que inibe a produção do colesterol ruim (LDL) e aumenta a do bom (HDL). Pode ser usado na forma de salada ou refogada ou ainda como “pts” substituindo e ou variando, a carne animal. Outra opção é beber o leite (200 ml diárias são suficientes).
TOMATE: contém licopeno, um antioxidante potente que impede lesões nas células, protegendo-as e ajudando na prevenção de câncer de próstata e doenças cardiovasculares. Prefira tomates bem vermelhos, cozidos (o aquecimento potencializa o aproveitamento) e batidos. Se possível, coloque um fio de azeite extravirgem no molho para ajudar na absorção. O recomendável é consumir meia xícara de chá em dias alternados ou no mínimo 1 vez na semana
BRÓCOLIS ou COUVE: tem um componente ativo chamado indole-3-carbinol que previne o câncer de mama. As vitaminas A e D facilitam a incorporação de cálcio no tecido ósseo, evitando a osteoporose. Antes de consumir, lave bem, tire o talo do meio, corte bem fino e tempere com azeite e limão. Deve ser comido na hora em que é picado.
ALHO: possui mais de 32 componentes ativos, mas quando colocados em cápsulas não tem o mesmo efeito. É melhor consumi-lo cru (o aquecimento acima de 50°C destrói seus componentes) e espremido, em cima da salada. Ajuda a prevenir câncer de estômago. Também possui sulfurados (substâncias que ajudam a relaxar as artérias e diminuir a pressão arterial) e lipídios, que previnem doenças cardiovasculares. O consumo recomendado é de até 20g por dia.
AVEIA E GÉRMEN DE TRIGO: regularizam o trânsito intestinal, impedem doenças cardiovasculares e a evolução das células tumorais. As fibras também relaxam as artérias, diminuindo a pressão arterial. O consumo recomendado é de quatro colheres de sopa por dia.
NOZ ou CASTANHA: indicadas para diabéticos porque contêm selênio, substância que age na enzima sinalizadora de insulina. Também contêm grande quantidade de vitamina E, que impede a degeneração das células. Mas como são muito calóricas é preciso moderação.
SALMÃO: contém ômega 3, substância que se une às células lesionadas, impedindo que elas grudem nas paredes arteriais. Também reduz o LDL e aumenta o HDL. E não fica só nisso: estudos preliminares sugerem que o ômega 3 interage com as camadas adiposas que cercam as células do cérebro, ajudando a protegê-las do mal de Alzheimer. Não exagera na quantidade, pois o acúmulo dessa substância gera desequilíbrios no corpo.
VINHO TINTO: a pele da uva tinta é rica em polifenóis, antioxidantes que estimulam a produção de HDL e impedem a formação de placas de gordura, prevenindo a aterosclerose. Como possui alto teor alcoólico, a recomendação é de no máximo, três taças por semana. Ou pode-se consumir a própria uva roxa com a sua casca, que é rica em polifenóis. (Se beber não dirija)