13/07/2013
O Dia Nacional de Lutas convocado pelas centrais sindicais, apesar da pauta legítima, não consegiu a adesão dos trabalhadores e, muito menos, da população em geral. Em todo o País, o que se viu foram grupos bem organizados, com faixas e carros de som, em frente a algumas fábricas, em trevos rodoviários - trancando rodovias - e, nas capitais de 11 estados, manifestações maiores, mas só.
A força do povo, o ajuntamento de milhares de pessoas, como se viu nos movimentos de Junho, não se repetiu nesse 11 de Julho. Talvez nem mesmo os sindicalistas esperassem isso, possivelmente só pretendiam o que realmente se viu. Marcaram presença, mostraram suas bandeiras e defenderam seus pontos de vista.
O movimento só foi sentido pela população com a paralisação de estradas e do transporte público (metrô e ônibus), em algumas das grandes cidades. De resto, o povo, em pequena escala, ficou à margem, de braços cruzados, ouvindo os discursos dos sindicalistas, transmitidos por potentes amplificadores, em caminhões das centrais sindicais.
Em Campo Largo, o movimento também teve pouca adesão de trabalhadores e, quase nenhuma, da população em geral. Da frente da Caterpillar, onde se reuniram às primeiras horas da manhã, os sindicalistas partiram para o centro da cidade, com o objetivo de realizar uma concentração na Praça Getúlio Vargas, passando antes pelo Terminal Urbano. No caminho, apenas um bate-boca em frente a uma construção, na Marechal Deodoro, quebrou o clima pacífico do movimento.
Na praça Getúlio Vargas, com o microfone na mão, um dos sindicalistas, político, falou muita besteira. Alguns dos transeuntes que pararam para ouvir, criticaram o uso do movimento para agressão a empresários, à associações, veículos de comunicação da cidade e aos vereadores. Perdeu o foco do discurso, o rapaz, por falta de preparo e por enxergar apenas o que quer.
Os demais representantes sindicais fizeram intervenções claras, focadas nas bandeiras do movimento e alinhados ao que a população, durante todo o mês de Junho, reivindicou nas ruas. O que os brasileiros querem é o fim da corrupção, o fim dos privilégios de políticos e transparência em todos os níveis da Administração Pública, com mais Saúde, Segurança, e aplicação honesta dos recursos que o Governo nos tira dos bolsos, através dos impostos.