08/07/2013
Fonte:Jornalciência
Os médicos estão pedindo a imediata proibição de um composto químico muito usado em cosméticos.
Dermatologistas fazem estimativas que de 1 em cada 10 pacientes de seus consultórios estão sofrendo de eczema ou dermatite – um processo alérgico provocado, teoricamente, por uma substância chamada metilisotiazolinona – usado em milhares de produtos de beleza das mais diversas marcas em torno do mundo.
As empresas de produtos cosméticos utilizam o composto para estender a vida útil das fórmulas, ou seja, ele age como um conservante. É possível encontrar a substância em hidratantes, protetores solares, shampoos, condicionadores, batons, lenços umedecidos e diversos outros.
Empresas como Nivea, Clarins e L`Oréal utilizam esse composto em algumas de suas formulações. Agora, os médicos estão culpando este como o responsável por um aumento maciço de problemas em pacientes com erupções cutâneas, inchaço, descamação e eczema.
O problema é tão sério que será discutido em uma conferência de dermatologistas em Liverpool, Reino Unido, na próxima semana.
O Dr. John McFadden, consultor do St. Thomas Hospital, de Londres, declarou ao jornal The Mail on Sunday: “Este é um dos piores surtos de alergia aos produtos cosméticos que eu já vi. Não houve nada nesta escala antes. Nós simplesmente não sabemos quando ele vai atingir um pico ainda pior”.
Há dois anos, uma entidade de controle alérgico do país, praticamente desconhecia os testes de sensibilidade cutânea realizada com esta substância. Mas, segundo os registros, neste ano já foram registrados 10% de pacientes com determinadas reações alérgicas, através de testes realizados no Instituto São João de Dermatologia nos hospitais universitários de Nottingham.
Os fabricantes de cosméticos começaram a usar ativamente essa substância há 5 anos depois de ter sido aprovado pela Comissão Europeia como um conservante possível e seguro de ser usado sobre a pele.
Até o momento, os dados eram seguros. O real problema só virá à luz se uma pesquisa for realizada com milhões de pessoas usuárias de cosméticos com esse composto.
Segundo o DailyMail, as empresas L’Oréal, Clarins e Nivea declararam que seus produtos são seguros.