06/07/2013

A maioria das pessoas viciadas em bebidas alcoólicas não percebe que passou da conta, que exala o cheiro desagradável da cachaça, e que apresenta outros sinais exteriores do vício. Os familiares quase sempre não conseguem evitar, e muitos acabam se acostumando com os excessos do membro da família viciado. No trabalho, é comum os próprios companheiros não tomarem providências, para não prejudicar o colega que chega, quase todos os dias, com os olhos vermelhos, e sinais do porre da noite anterior.
Muitos desses trabalhadores, por causa do vício, se expõem ao perigo de acidentes, e comprometem até mesmo a segurança da empresa. É comum o registro de acidentes pessoais, em máquinas e equipamentos, por desatenção, muitas vezes provocadas pelo álcool.

Quando o viciado tem um cargo de chefia, o problema se torna ainda mais grave. Ele, que deveria ser o primeiro a dar bom exemplo, acaba se tornando alvo de piadas, por parte das pessoas menos cultas, e até de pena, por parte de quem conhece o problema e sabe tratar-se de uma grave doença.

O alcoolismo é o responsável pela desgraça de muitas famílias, de muitos profissionais de rara qualidade e de grandes conhecimentos. São pessoas inteligentes, mas que se deixaram levar pelos tolo prazer que o vício lhe proporciona. O problema, entretanto, é que, como qualquer droga, o álcool cobra muito caro, cada segundo desse falso bem-estar.

Existem muitos casos de políticos que, vítimas do alcoolismo, não conseguem controlar a doença, até por não admitirem que são dependentes. O caso mais grave, no Brasil, aconteceu no primeiro governo de Lula, quando um correspondente estrangeiro relatou a doença do presidente e quase foi expulso do País.

É desagradável quando isso acontece, principalmente porque quem deveria chamar a atenção do cidadão, não o faz temendo ser demitido, já que o cargo é comissionado. Ninguém se sente confortável em chegar no gabinete de uma autoridade e sentir o cheiro da cachaça e os demais sintomas do alcoolismo exacerbado do cidadão. Tudo tem limite e o alcoolismo, todos sabem, é uma doença que, apesar de não ter cura, tem a possibilidade de tratamento, ao qual já se submeteram milhares, milhões de pessoas, com resulado positivo e, hoje, recuperadas levam uma vida normal, na família e na sociedade, conscientes que precisam manter a sobriedade e ficar longe da causa de tão desagradáveis situações.