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Opinião

Governo parece não entender eco das ruas

Governo parece não entender eco das ruas

29/06/2013

Milhões de brasileiros estão nas ruas, em passeatas que se sucedem já há quase um mês, e agregam cada vez mais pessoas descontentes com os rumos que o País tomou, nos últimos anos. O povo pediu inicialmente, a redução das tarifas do transporte público, mas, além disso, a melhoria na qualidade do serviço. Pediu, também, a derrubada da PEC 37, que tentava retirar do Ministério Público o poder de investigação e, com isso, beneficiaria os corruptos.

Esses dois primeiros pedidos da população foram parcialmente atendidos, os governos municipais, estaduais e Federal cederam, e os preços do transporte público caíram. Falta, entretanto, cair mais, e melhorar muito a qualidade do serviço. A PEC 37 caiu, sob pressão popular e, pela primeira vez, coincidência ou não, o Supremo Tribunal Federal mandou prender um político corrupto.

Mas o Governo Federal parece não ter entendido, corretamente, o eco das ruas. Dilma, a “presidenta”, ao que tudo indica, é adepta à teoria do Bode na Sala. Enquanto o povo cobra respostas para os desmandos, a corrupção, a falta de serviços de Saúde, Educação, Transportes, o excesso de gastos com a Copa e a falta de investimentos em obras que beneficiem a população, ela ataca de reforma política, e lança a ideia de resolver a questão convocando uma Constituinte.

Ora, diante de tão estapafurdia decisão, todos, juristas, a sociedade organizada, a oposição e até situacionistas, em uníssono, reagiram. Todos reagem ao “Bode na Sala”, e ela, a “presidenta”, recuou, disse que não é bem assim, que não é uma Constituinte, mas uma reforma, uma PEC, para mudar a política, a forma de eleição, etc.

De certa forma ela conseguiu desviar, pelo menos por alguns instantes, o foco das principais questões defendidas pelos manifestantes em todo o País. Mas não deverá conseguir sucesso por muito tempo. Indignados com a tentativa do Governo Federal, de ludibriar os cidadãos, as massas continuaram nas ruas. Fala-se em paralisação geral, do País, no dia 1º de Julho; médicos de todo o Brasil já articulam paralisação, no dia 3, contra a importação de médicos cubanos e por melhores condições de trabalho nos hospitais públicos, Unidades de Saúde e contra a falta de medicamentos. E ela, a “presidenta”, continua pensando que está blindada. Está?