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Opinião

Pagamos impostos, mas não temos direito

Pagamos impostos, mas não temos direito

14/06/2013

Nesta semana, a soma de todos os impostos pagos pelos brasileiros, em 2013, atingiu a marca dos R$ 700 bilhões, quase 40% do PIB. Trabalhamos cinco meses do ano apenas para pagar impostos. A carga tributária brasileira é uma das mais elevadas do mundo. Com um montante desses, todos os cidadãos poderiam receber serviços públicos gratuitamente, boas estradas, escolas excelentes, transporte coletivo gratuito, Saúde, Segurança. Não temos nada disso.

O volume de impostos pagos pelos trabalhadores é uma sangria milhares de vezes maior do que a “Derrama”, que os portugueses impuseram aos brasileiros enquanto o Brasil permaneceu como colônia de Portugal. Naquela época, pagava-se à Corôa Portuguesa 20% de todo o Ouro extraído das minas recém descobertas na Colônia. E, para não pagar, nós nos revoltamos, fizemos a Inconfidênvia Mineira e levamos, mais tarde, Dom Pedro I a declarar a Independência do Brasil. Foram anos de lutas, onde o povo sempre fez valer a sua vontade. Hoje pagamos 40% de tudo o que produzimos, e continuamos calados.

E para fazer valer nossos valores e princípios, proclamamos a República e escolhemos a Democracia como nosso regime de governo. Democracia que nos tentaram roubar várias vezes, mas que conseguimos, sem grandes derramamentos de sangue, manter. Em 1964 os militares tomaram o poder, inicialmente para impedir que o país se tornasse um satélite comunista. Depois, o Governo Militar enveredou pelo caminho cinza da ditadura, até que  conquistamos, com o movimento das Diretas Já, em 1984, a Redemocratização.

Depois de tudo isso era para termos, no Brasil, uma sucessão de governos democrtáticos, éticos, competentes. O que vemos, entretanto, é a incompetência encoberta pela propaganda, uma carga tributária dantesca, 41,82% da renda bruta do trabalhador, e os serviços que deveríamos receber em troca, contuarem péssimos e piorando a cada dia. Não temos direito, talvez não tenhamos saída. O povo, hoje nas ruas em passeatas, e em clima de guerra, retrata a indignação coletiva pelos desmandos, a incompetência e a negação dos nossos direitos contitucionais. Assim, não se pode saber, atualmente, aonde chegaremos e o que será de nós.