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Opinião

Ação Coletiva por Danos Morais

Ação Coletiva por Danos Morais

07/06/2013

Fôssemos um pouco mais politizados, poderíamos, hoje, entrar na Justiça com uma Ação Coletiva por Danos Morais, contra os organizadores da desorganizada ocupação da cidade, no final da semana passada. Nossa população ficou espantada com uma “invasão” de estudantes universitários de vários estados, que aqui vieram com o intuito de particpar de competições esportivas. A cidade não oferece condições de infraestrutura para abrigar tantos jovens, sedentos de festa, de consumo de bebidas, de muito barulho.

Os estudantes, em sua maioria, foram alojados em escolas, em quadras com pouca infraestrutura, sem proteção contra a chuva, o frio e o vento, sem banheiros e sem sanitários suficientes para todos. Tinham que bater à porta das casas mais próximas, pedindo para usar o banheiro, o sanitário.

Refeições improvisadas, poucos tinham dinheiro suficiente para se alimentar bem, nos restaurantes da cidade. Mas, o que mais incomodou grande parte da população, foi a bagunça e o barulho, o dia inteiro e, principalmente, nas madrugadas dos dias de evento.

Campo Largo é um município pobre em condições para realizar grandes eventos. O exemplo é a nossa principal festa, a Feira da Louça, que até hoje é realizada no único local que ainda pode receber um público considerado médio, o Polentão. Pois foi exatamente lá que os organizadores localizaram as maiores concentrações de público, mais de quatro mil pessoas por dia.

Festa, bebida e possivelmente até outras drogas, só poderia resultar em muito barulho e desrespeito aos cidadãos. Muitas pessoas ligaram para a Polícia Militar e para a Guarda Municipal, nas madrugadas do evento, pedindo providências contra a festa dos jovens. Polícia? Não havia nenhum contingente disponível. O jeito foi passar muita raiva e pedir a Deus que o Sol nascesse para que os rapazes e moças fossem dormir, para que reinasse, por algumas horas, o silêncio. Mas o evento serviu para termos certeza de que a cidade precisa se preparar para receber visitantes em grande número.