31/05/2013

É uma norma, ou parece ser, nas repartições públicas, em todo o País, um cartaz, às vezes com letras bem grandes, dizendo, em primeiro plano, em outras palavras, que é crime  reclamar contra o mau atendimento, e que o sujeito que reclamar estará sujeito (nossa Língua é adorável) à prisão por desacato, etc... Os cartazes, intimidatórios ao extremo, alertam o contribuinte que ele tem que ser mau atendido e permanecer calado, se reclamar “apanha”.

 No nosso País, a inversão de valores já virou regra. Os bandidos, quando presos, mesmo em flagrante, só podem ser chamados de bandidos se forem condenados pela Justiça daí uns cinco, dez anos. Antes disso, são apenas suspeitos. Podem ser presos uma, duas, dez vezes, e soltos em seguida para praticar mais crimes, que continuam apenas suspeitos.Se for preso em “cair da escada” ou “escorregar numa casca de banana”, o preso pode processar o Estado, alegando que foi violado em seus direitos humanos. Os direitos humanos das suas vítimas, ninguém sabe, ninguém viu.

Por estas e outras muitos corruptos estão impunes, até hoje, mesmo que o dinheiro que eles roubaram volte, numa pequena parte, devolvido por um governo honesto de um Paraíso Fiscal. Eles, os corruputos, continuam negando tudo, continuam em seus cargos, no Município, Estado e na União, tranquilamente, como se não fosse com eles.

Pois  é, o exemplo de prestação de serviço pela metade, de mau atendimento, de desrespeito com o cidadão, vem de cima. Aqui embaixo vemos apenas uma repetição. O povo que produz, que paga impostos, se quiser um bom serviço de Educação, que coloque o filho na escola particular; se quiser segurança, contrate um segurança particular; se quiser estradas em boas condições, pague pedágio; e se quiser Saúde, que pague à vista ou tenha um bom plano de Saúde. Para ter  acesso ao Serviço Público, não pde reclamar, tem que acordar às cinco da manhã e ter muita sorte de pegar uma das poucas fichas, porque o posto só tem um médico atendendo.
 

Por isso, consumidor, não se irrite com o funcionário público, se o número de médico é insuficiente ou se não tem médico no seu posto. Ele, o servidor, não tem culpa se o sistema está falido, não o xingue, poque se xingar estará cometendo crime que pode levá-lo à prisão. É politicamente incorreto reclamar  contra a ineficiência do serviço público!