24/05/2013
Há décadas Campo Largo vem perdendo bons e grandes investimentos na área industrial, principalmente, por falta de competência. Ao longo da nossa história política recente, municípios como São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande e Araucária, têm arrebanhado grossos investimentos que poderiam ter aportado aqui, no nosso torrão, trazendo mais empregos, gerando impostos e desenvolvimento. Ganhamos alguns, não podemos ignorar, mas poderíamos ter conquistado muito mais, o dobro talvez. E perdemos não apenas porque fomos incompetentes, mas também por sermos desorganizados e desunidos.
Quando se disputa uma partida decisiva como esta, na qual estava em jogo uma empresa do tamanho da Aker, precisamos jogar com todo o nosso poderio, com todas as nossas forças, políticas e técnicas, precisamos remar para o mesmo lado, sem preconceitos, sem cor partidária, sem vaidades. Porque quando perdemos uma empresa, não é o político quem perde, somos todos nós, os campo-larguenses, que perdemos a chance de nos tornarmos mais ricos, mais fortes, mais desenvolvidos.
Perdemos o emprego para os nossos jovens, para os nossos filhos, netos e quem sabe, bisnetos.
Temos grandes áreas disponíveis para a implantação de plantas industriais de ene setores, mas temos alguns entraves burocráticos que há decadas já deveriam ter sido afastados. Campo Largo precisa desafetar com antecedência, áreas propícias para a implantação de indústrias para que, quando surgirem oportunidades como esta, não necessitemos pedir arrego de ninguém, é só mostrar a área, está aqui, custa tanto e pode iniciar a construção. Do contrário, teremos sempre que lamentar, que esse ou aquele município ofereceu benefícios, facilidades, e acabou levando a nossa indústria, “roubando o nosso queijo”.
Campo Largo deve tomar esse acontecimento como mais uma lição, para aprender a trabalhar as suas potencialidades. Que esta seja a última, que não tenhamos mais que lamentar episódios como esse, que roubam o nosso futuro, o noso sucesso, o nosso orgulho. Já é tempo de termos um Conselho de Desenvolvimento formado por representantes dos poderes públicos, entidades organizadas, políticos e o Terceiro Setor, capaz de fazer a diferença, numa partida decisiva como a que acabamos de perder para nós mesmos.