24/05/2013
Todos os estados deverão, a partir de quinta-feira (23), ofertar tratamento aos pacientes com câncer em no máximo 60 dias após o diagnóstico da doença. A nova determinação, baseada na lei federal 12.732/12, não terá tanto impacto no Paraná, por que a rede organizada pela Secretaria de Estado da Saúde permite o início do tratamento em prazo menor.
O secretário estadual da Saúde em exercício René Santos explica que a estrutura existente no Estado é capaz de atender rapidamente a demanda de oncologia e os serviços de referência estão bem distribuídos em todas as regiões. Das 22 unidades de referência, cinco são Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e 17 são Unidades de Assistência de Alta Complexidade (Unacon).
O secretário enfatiza que neste momento o principal desafio é o diagnóstico precoce. “Quando o diagnóstico da doença acontece tardiamente, o tratamento é mais demorado e a cura se torna mais difícil, o que também impacta no custo total da assistência ao paciente com câncer”.
Articulação
Para que o diagnóstico seja precoce e o tratamento em tempo oportuno, a Secretaria da Saúde orienta que os municípios trabalhem articulados com os serviços de referência oncológica (Unacons e Cacons), facilitando o encaminhamento de pacientes. O Governo do Estado também está ampliando a capacidade de coleta e realização de biópsias em todas as regiões. “Estamos capacitando os profissionais da atenção primária para ficarem mais sensíveis e encaminharem qualquer suspeita aos profissionais especializados. Com isso, esperamos identificar com mais agilidade a doença, o que contribui muito para o sucesso do tratamento”, afirma a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak.
Proximidade
A Secretaria da Saúde revê os fluxos de atendimentos dos serviços de oncologia no Paraná para garantir que o paciente receba diagnóstico, tratamento e acompanhamento contínuo o mais próximo de sua casa. “Queremos que o paciente tenha a disposição uma rede assistencial completa em sua região, evitando grandes deslocamentos e facilitando a vida de quem precisa de tratamento especializado”, destacou o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde, Paulo Almeida.