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Opinião

Um escândalo, uma licitação sob suspeita

Um escândalo, uma licitação sob suspeita

17/05/2013

O serviço público precisa estar acima de qualquer suspeita. Deve haver transparência em todos os atos dos agentes públicos, principalmente aqueles ordenadores de despesas. O dinheiro não é do político que assumiu temporariamente um cargo público, mas do povo e ele, o agente, deve prestar contas ao povo. Não pode utilizar os recursos como se estivesse gerenciando a própria empresa, precisa seguir regras, leis e, acima de tudo, ser honesto.

Um processo licitatório, da atual administração municipal, está sob suspeita. Há denúncia, e documentos oficiais com autenticação em cartório, que apontam para uma possível irregularidade, que custaria alguns milhões ao erário público em quatro anos. Os valores praticados pela empresa para a qual a licitação poderia estar direcionada, são o dobro dos valores praticados pela empresa que, hoje, presta o mesmos serviços.

 O assunto parece estar sob sigilo absoluto, debaixo de sete chaves, até porque a Ata da reunião do processo licitatório sequer foi divulgada. Mas a suspeita de fraude já estava sendo monitorada há quase um mês, quando uma falha dos executores da licitação mandou para o Site da Prefeitura Municipal um documento com o timbre da empresa para a qual a licitação, ao que tudo indica, estaria sendo direcionada.

Na próxima segunda-feira, de posse dos documentos, os vereadores pretendem encaminhá-los ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, e pedir a abertura de uma Comissão de Investigações, na Câmara Municipal.

A Folha de Campo Largo tomou conhecimento do caso nesta semana, e após detida análise resolveu tornar público o assunto, para que toda a população tome conhecimento do que está acontecendo na Administração Municipal. Não teme, a Folha, nenhum tipo de perseguição, uma vez que, consciente do seu dever de defender os campo-larguenses, de qualquer ameaça, põe nas mãos das autoridades públicas, da Justiça, uma denúncia séria, de um possível crime que poderia causar graves prejuízos ao Município.

Os políticos, eleitos para administrar os recursos públicos, têm que cumprir a Lei, sem desvios, sem segundas intenções, sem suspeitas. E o nosso papel, como veículo de Comunicação, é denunciar tudo o que estiver errado, tudo o que estiver fora da Lei.