15/05/2013
Químico presente em produtos plásticos reduz nível do hormônio sexual masculino
15/05/2013
Fonte:isaude.net
Foto:Ilustração
A exposição crônica ao químico bisfenol A (BPA) pode diminuir os níveis de testosterona em homens, de acordo com pesquisadores da Kaiser Permanente's Division of Research in Oakland, nos EUA.
Os resultados mostram que homens expostos ao BPA no trabalho em uma fábrica de produtos químicos na China por pelo menos seis meses tinham níveis mais baixos de testosterona no sangue, em comparação com aqueles que trabalhavam em outras fábricas.
"A pesquisa fornece mais evidências de que o BPA pode alterar os níveis de hormônios sexuais masculinos", afirma o pesquisador De-Kun Li.
Estudos anteriores, também realizados em trabalhadores de fábricas chinesas, têm sugerido que o BPA pode reduzir a contagem de espermatozoides, bem como aumentar o risco de disfunção sexual em homens, efeitos sobre a saúde, que são controlados, em parte, por hormônios sexuais.
BPA é semelhante ao hormônio feminino estrogênio, o que significa que ele pode ter efeitos sobre o organismo humano. O efeito do BPA nos homens pode ser mais rápido e mais fácil de detectar do que o efeito sobre as mulheres, porque os homens têm níveis muito baixos de estrogênio.
BPA é encontrado em alguns plásticos, recipientes para alimentos enlatados e outras embalagens de alimentos, e a maioria das pessoas nos EUA têm o produto químico em sua urina.
Segundo o pesquisador Heather Patisaul, da North Carolina State University, que estuda os efeitos do BPA, o estudo analisou o químico no sangue, ao invés da urina. "Níveis de BPA no sangue fornecem uma melhor medida da exposição crônica ao produto, mas são tipicamente muito baixos, e podem ser influenciados pela contaminação ambiental", afirma Patisaul.
Os homens que não trabalham em uma fábrica de produtos químicos provavelmente teriam níveis de BPA no sangue que são muito baixos para serem detectados.
No estudo, cerca de 70% dos homens que trabalhavam na fábrica de produtos químicos tinham níveis detectáveis de BPA no sangue, enquanto que o mesmo era verdade para 5% das pessoas que trabalhavam em outras fábricas.