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Opinião

Justiça que tarda pode ser injustiça

Justiça que tarda pode ser injustiça

26/04/2013

Em Campo Largo, há muito a Justiça demora a ser feita, tudo graças à falta de juízes e profissionais da área. Constuíram um prédio bonito, amplo, bem aparelhado, mas esqueceram de colocar gente em quantidade suficiente para fazer a máquina funcionar. O resultado foi o acúmulo de processos e a consequente demora na conclusão e os respectivos julgamentos.

A demora faz com que as partes envolvidas reclamem, uns da falta de justiça, outros da decisão tardia. Há casos em que as pessoas até desistem, brigam com os seus advogados, porque acreditam que a culpa é deles, pela demora. Não é. Existem mais de 30 mil processos, a maioria parados, outros que tramitam tão devagar, que parecem parados. Vão demorar a ter uma solução, vão continuar à espera de mais funcionários, de mais juízes.

A Folha de Campo Largo traz, nesta edição, uma entrevista com o presidente da OAB de Campo Largo, Osmar Zotto, na qual ele  chama a atenção para a necessidade de uma solução urgente, por parte do Poder Judiciário, para que a Justiça seja feita, sem demora, sem prescrições.

O assunto é tão importante que atinge mais de 50% da população, mais de 60 mil pessoas, porque presume-se que em 30 mil processos, estejam envolvidas pelo menos duas pessoas em cada um, tenham, ao todo, 60 mil interessados, mais da metade da população do Município.

Um detalhe que chamou a nossa atenção, mas que ficou para uma próxima oportunidade, a ausência de uma Vara da Fazenda na cidade. Isso, segundo Zotto, poderia reduzir em pelo menos 50% o número de processos, uma vez que dos 30 mil “parados” no Fórum da cidade, pelo menos a metade envolve os poderes Executivos do Município, Estado ou da União. São, em sua maioria, demandas sobre imposos e outros, mas que precisam de uma solução.

Campo Largo sente a falta de um deputado estadual que represente o Município. Houvesse esse representante, certamente teríamos mais espaço junto à esfera estadual dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Poderíamos cobrar mais ao “pé do ouvido”, das autoridades constituídas do Paraná e do Brasil. Não estaríamos “órfãos”, como nos sentimos agora.