05/04/2013
É lastimável o nível de corrupção ao qual chegamos no Brasil. É triste, para qualquer cidadão de bem, constatar que se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come. A raposa foi colocada para cuidar do galinheiro, come os ovos e, quando ninguém está olhando, come também as galinhas. Não dá para se ter certeza de que esta ou aquela autoridade é séria, honesta e confiável. Não são as instituições, são as pessoas, umas poucas, num mar de gente honesta que sabemos existir, mas esses poucos são suficientes para nos deixar com medo. Onde estamos pisando, com quem estamos falando, com uma autoridade ou com um marginal travestido de autoridade? A corrupção parece estar entranhada em todos os níveis de Governo, a “doença” parece atingir toda a sociedade.
Felizmente ainda resta uma esperança, uma luz no fim do túnel. O brasileiro sabe que lá, na mais alta corte da Justiça brasileira, no Supremo Tribunal Federal, existe um “Tafarel”, um homem que não deixa a “bola” da corrupção passar, e sabe também que, aqui embaixo, na primeira instância, outros homens e mulheres igualmente guardiões da Justiça, da Ética e da Verdade, caçam os corruptos, onde quer que eles estejam. São os promotores, que através do GAECO - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado investigam em silêncio e, quando aparecem, é para dar o bote, quase sempre certeiro, sobre os vilões.
Nada disso seria necessário, entretanto, se a nossa sociedade fosse formada com base em preceitos éticos e morais rígidos, como por exemplo são os japoneses que, se erram, quase sempre cometem suicídio, porque para eles é melhor morrer do que ser apontado como ladrão, como corrupto ou desonesto.
Não devemos, entretanto, desistir de buscar a verdade, a Justiça e a Ética, por só vermos maus exemplos. Devemos, pelo contrário, nos unirmos para combatermos os que erram, que se locupletam com o erário público, que usam o poder em benefício próprio ou de seus grupos de amigos, partidos ou familiares. Devemos nos entrincheirar ao lado dos que lutam contra os ladrões, para que eles [os ladrões] não nos envergonhem mais, como Nação, com os seus atos.