15/03/2013
Vivemos uma Democracia plena, onde o povo elege os seus representantes e esses devem exercer as suas funções. O eleitor escolhe os governantes (prefeitos, governadores e presidente da República) e o parlamentares, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores. Pois bem. Todos esses cidadãos, que saíram vitoriosos das urnas, têm um dever a cumprir. Os executivos devem dirigir os governos, executar obras e prestar contas ao povo. Os legisladores devem, primeiramente, fiscalizar o Executivo e, de sobra, elaborar leis em benefício da coletividade.
No Brasil, entretanto, as coisas nem sempre acontecem como mandam as leis. Séculos de desmandos, de conchavos, de jeitinho, de compadrio, de corrupção, acabaram por deturpar, de forma marcante, o comportamento dos políticos. Muitas vezes, mesmo sem nenhum voto, um cidadão, por pertencer a esse ou àquele partido, por ser amigo do Executivo eleito, acaba ocupando ministérios, secretarias e outros órgãos da administração pública, muitas vezes sem estar devidamente preparado para a função.
A função pública requer, antes de mais nada, sensibilidade do gestor. Ele precisa saber que, mesmo não tendo recebido nenhum voto, se foi escolhido para ser secretário, ministro, etc., e aceitou a função, deve, antes de tudo, respeito ao cidadão. Afinal, na função pública, ele é o trabalhador, e o cidadão, o patrão. Somos nós que pagamos o seu salário.
Um vereador, além de ser um cidadão comum é, também, o representante do povo, e como tal, deve ser respeitado, como se fosse todo o povo de uma determinada cidade. Ao entrar no gabinete de um secretário municipal, um vereador, não importa de qual partido político, deve ser recebido como se uma multidão estivesse alí. Ele representa essa multidão, representa a todos nós.
Esta semana, uma vereadora de Campo Largo foi expulsa do gabinete de um secretário municipal. Expulsa! Uma indignidade. E ela teria ido, apenas, pedir para o secretário solucionar os problemas de falta de pessoal num determinado posto de Saúde, uma “ofensa” para o secretário, que certamente tinha mais o que fazer, ou não está preparado para atender o povo, muito menos um reprentante do povo, que deveria ser recebido, no mínimo, com educação, cortesia e cavalheirismo, principalmente porque é uma mulher.