01/03/2013
Já no início da gestação acontecem as alterações hormonais e, com o aumento do estrogênio e da progesterona, há também algumas alterações nas regiões ao redor dos dentes e mucosas (tecido periodontal), favorecendo a inflamação gengival. Isso acontece porque esses hormônios promovem a vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e a retenção de líquidos, agravando, assim, quadros infecciosos pré-existentes na região gengival.
Os estudos mostram que gestantes com enfermidades gengivais são propensas a ter bebês prematuros e com baixo peso corporal, porém a gestação não é o fator etiológico primário da gengivite, mas sim um fator agravante da infecção estabelecida antes mesmo da gravidez.
O tratamento odontológico durante a gestação têm suas limitações, e alguns medicamentos devem ser usados com cautela, como por exemplo, os analgésicos em doses altas podem causar alterações no crescimento e problemas no coração do feto, os anti-inflamatórios podem alterar os rins e o coração, os ansiolíticos podem causar malformação como lábio leporino e assimetria facial, já as tetraciclinas estão ligadas à malformação óssea e dentes amarelados, sem falar que radiografias antes do primeiro trimestre devem ser evitadas e procedimentos desconfortáveis podem acarretar descarga de adrenalina pela paciente.
Por isso o tratamento dentário pré-gestacional é de extrema importância para evitar transtornos e ajudar a assegurar o conforto para a gestante e para o bebê.
Dr. Sérgio de Oliveira CRO-Pr 21981 - email: oliveiraodonto@hotmail.com