15/02/2013
Parece que querem “tirar o couro da gente”. No começo do ano vencem todas as contas, uma atrás da outra, e não tem máquina de calcular que dê conta. Temos que pagar as prestações das compras de Natal, o Cartão de Crédito, o seguro do carro, IPVA, IPTU, material escolar, gasolina mais cara, água, luz, telefone, Internet, e uma infinidade de outras contas que, somadas, em geral são maiores do que o salário. E tem mais, vem aí o aumento das tarifas do transporte coletivo (Sistema Integrado), as linhas de Curitiba. Pelos cálculos, a tarifa de R$ 2,60 pode chegar a R$ 2,90 ou R$ 3,00, já no começo de Março, preço que o trabalhador terá que arcar, já estão “gestando” novo aumento dos preços dos combustíveis, também para o final de Março ou início de Abril.
Tanta despesa, tantos aumentos de preços, podem estar na raiz dos problemas que a Economia do País enfrenta. A inflação em alta, o crescimento desacelerando, a crise internacional, a violência nas ruas, tudo parece maior, nesse início de ano. Até a renúncia do Papa aparece, no noticiário geral, como a fechar esse cenário desolador, quase apocatíptico, dos tempos atuais. Para onde vamos? O que a sociedade pode fazer para tentar contornar essas “tempestades”? Até quando continuaremos pagando caro, a incompetência dos governantes, os desvios, as obras que nunca terminam, os salários e despesas astronômicas dos políticos (que nada ou muito pouco fazem), a corrupção? Até quando o trabalhador vai continuar calado, pagando o preço de tudo isso? Não está na hora de imitarmos os nossos irmãos portenhos e sairmos pelas ruas com as panela nas mãos? Talvez.
Mas enquanto nada acontece, é hora de pormos os pés no chão e as mãos na massa. As crianças voltaram às salas de aula com os mesmos problemas, falta de professores, escolas que fingem ensinar e as crianças que fingem aprender. No final, a ordem de Brasília é para que todos sejam aprovados, mesmo os reprovados. Restam as escolas particulares, que ensinam, mas cobram caro. Resta, às famílias com menor poder aquisitivo, tentar repassar às crianças, um pouco mais do conteúdo que as escolas não passam. Resta o recurso das pesquisas nas bibliotecas, na Internet, e nem mesmo nesta se pode confiar.
Pessimismo? Não! É a pura realidade que vivemos nos dias de hoje. É apenas a indignação de vermos um País com tanto potencial de crescimento, com tantos talentos, em todas as áreas, se arrastar na rabeira dos BRICS (Brasil, Russia, India, China e África do Sul). Será que merecemos tanta humilhação?