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Saúde

Dengue

18/01/2013

Proliferação do mosquito da Dengue também preocupa os campo-larguenses

Dengue

18/01/2013

A presença da BR-277, rodovia que corta Campo Largo, é uma ameaça aos campo-larguenses, quando o assunto é a proliferação do mosquito da Dengue. O intenso tráfico de caminhões, que podem trazer para o Município larvas ou os próprios mosquitos, em suas cargas, é motivo de preocupação dos moradores, principalmente os residentes nos bairros às margens da rodovia. Não há registro de casos de Dengue na cidade, mas a população precisa ficar alerta e eliminar possíveis focos de proliferação dos insetos.

A Reportagem da Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal da Saúde, recebendo informações de Francisco Rodrigues de Oliveira, responsável pelo controle da Dengue no Município. Segundo ele, “a preocupação da população tem fundamento, pois a BR-277 é acesso a cidades do Norte do Paraná, por exemplo, que têm focos do mosquito.

- A Vigilância tem um roteiro de empresas que são visitadas a cada 15 dias pela equipe de vigilância, já com base nesta ideia. A maioria dessas empresas está localizada às margens da BR-277.
- Entram nesse roteiro bairros desde o Itaqui até o Jardim Guarani. Nas proximidades de Curitiba, a Vigilância coloca o que eles chamam de “armadilhas” para detecção do vetor. Essas armadilhas são pedaços de pneus que são colocados na sombra de uma árvore com água limpa. Essa água é retirada semanalmente para análise e trocada por limpa”.

Segundo Francisco, “independente disso, são pesquisadas periodicamente todas as empresas (borracharias, postos de combustível etc) na busca de focos.

- O último foco da dengue encontrado foi no mês de abril do ano passado, em um lixão da Vila Oto. Foi feito o tratamento e não houve mais registro desde então”.

A proximidade da BR-277 é um fator importante, mas as ações devem se estender a toda a cidade, com limpeza de terrenos e retirada de objetos que possam acumular água da chuva, como pneus e recipientes plásticos ou de metal.

Morte
O Paraná registrou, esta semana, a primeira morte por Dengue, em 2013, um cidadão de Peabiru, de 75 anos, internado em um hospital de Campo Mourão.  Desde maio de 2012 o Paraná não registrava morte por dengue. Três dias após o início dos sintomas, no dia 13 de janeiro, seu quadro clínico se agravou e foi encaminhado à Unidade de Saúde 24 horas de Peabiru, depois de ter tontura e desmaio. Depois de hidratado e medicado, melhorou e recebeu alta. Uma hora e meia depois retornou à unidade com quadro de hemorragia e precisou ser transferido para a UTI de um hospital de Campo Mourão, onde faleceu.
 O secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, afirmou que o governo vai dar todo o suporte possível para ações de enfrentamento da dengue nos municípios paranaenses. O objetivo é garantir inclusive apoio financeiro emergencial a 30 cidades em situação mais crítica num primeiro momento, e expandir a iniciativa para os demais municípios do Estado.
Dos 667 casos de dengue confirmados no Paraná até o momento, 488 (73%) foram registrados nos quatro municípios atualmente em situação de epidemia: Peabiru, São Carlos do Ivaí, Fênix e Japurá, além do município de Paranavaí, que já está em estado crítico para a doença, mas ainda não em epidemia.