11/01/2013
Já não estamos mais seguros nem dentro das nossas proprias casas. Os bandidos, sempre armados, buscam, cada vez com mais ousadia, levar o que é nosso, o que adquirimos com o sacrifício do nosso trabalho. Levam dinheiro, joias, pertences de maior valor e, muitas vezes, levam até as nossas vidas. A obrigação do Estado, de garantir a nossa segurança, é apenas uma letra morta na nossa Consituição. O Estado não cumpre, como não o faz em outras obrigações, de Saúde, de Educação, de Habitação, de Transportes, de transparência nas contas públicas. Perde-se tudo em corrupção, em compadrio, em cargos e vantagens apenas para os que têm carteirinha do partido do Governo.
Nossas instituições estão a serviço de poucos, a Câmara Federal, como o Senado, as assembléias legislativas e as câmaras municipais, estão repletas de políticos que usam os votos dos eleitores apenas para seus proprios interesses. O caso da vereadora que se sequestrou, em Ponta Grossa é um aexemplo de como as nossas instituições são usadas pelos maus políticos. E o que é pior, o povo apoia, porque não tem educação, não tem cultura suficientes para enxergar que o voto dado irresponsavelmente é a causa de todos os males.
Mas voltamos à violência, que é o nosso assunto de foco. A situação está cada vez pior. Não podemos ir ao banco, retirar uns trocados, que os assaltantes estão à espera, para tomar tudo; não podemos trabalhar, porque os assaltantes chegam no comércio e, armados, nos obrigam a entregar a féria do dia. Não podemos viajar, porque eles atacam os ônibus, nas estradas, e nos deixam apenas com as roupas íntimas, muitas vezes trancados no bagageiro. Não podemos nem ir a uma romaria porque corremos o risco de asalto e, por não termos dinheiro, somos xingados de pobres, de miseráveis.
Qual a saída? Indagariamos a nós mesmos. A saída é uma reação global, de todos os cidadãos de bem, a saída é a união, um protesto que pode obrigar os gestores públicos a cumprirem suas obrigações. Se cada um de nós, vítima de violência, entrasse na Justiça com processo contra o Estado, contra a União, exigindo indenização por perdas e danos, pela omissão criminosa dos gestores públicos, e se o Poder Judiciário, abarrotado com milhares, milhões de processos iguais, com a mesma finalidade, oriundos de todos os estados, de todos os municípios, de cidadãos de diferentes classes sociais, entendesse que o Estado é o culpado, talvez aí se encontrasse uma solução para o fim da violência. Talvez aí o cidadão pudesse voltar a viver livre, sem a necessidade de grades, sem a necessidade de vigilância, sem cercas elétricas, câmeras, cães e outros artifícios, para se ver livre dos bandidos. Não custa começar, se você foi vítima de violência por falta de ação ou omissão do Estado, na área de Segurança Pública, processe o Estado, você tem direito.