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Opinião

A Prefeitura que o prefeito encontrou

A Prefeitura que o prefeito encontrou

04/01/2013

Ainda é pouco, o tempo que o novo prefeito de Campo Largo, Affonso Portugal Guimarães teve para ter uma visão real de como está a Prefeitura que acabou de assumir. Mas a contar pela impressão, e a primeira impressão geralmente é a que fica, não vai ser nada fácil sua vida nesses primeiros dias da nova Administração Municipal. Primeiro que não houve assim, uma transmissão republicana, um cerimonial adequado à altura da cidade, com discursos e os salamaleques normais, de boas vindas, olha aqui estão os códigos de acesso aos computadores, a água gelada, o cafezinho, mas apenas aqueles documentos frios e formais, obrigatórios por lei, mas que seus números precisam ser apurados até os últimos centavos.

Pelo seu discurso, na Câmara Municipal, baseado nas informações que recebeu da sua equipe de transição, a situação parece quenão é das melhores. Affonso reclamou do abandono das estradas rurais e das ruas, principalmente na periferia da cidade, do estado de insolvência da Comlar, uma empresa que deveria ser o motor da Administração, o estado deteriorado dos prédios públicos e outros. Falou, também do estado crítico em que se encontra a Cocel, companhia responsável pela distribuição da energia elétrica, em todo o Município, e até duvidou da possibilidade da sua manutenção, com a obrigatoriedade da redução das tarifas de energia.

Quando chegou à sede do Executivo Municipal, para assumir o cargo, o prefeito Affonso Guimarães não encontrou um clima muito agradável, nem funcionários, nem café, nem água. Mas ele só olhou, com o ar fechado, ouviu a leitura do termo de pose e, após o ex-prefeito Edson Basso, assinar o livro, assinou ele, com sua própria caneta. Instrumento este emprestado à testemunha oficial da posse, o prefeito Luis Costa, de Balsa Nova, que veio prestigiar o ato solene e quebrou o gelo dizendo que preferia assinar com a caneta de Affonso Guimarães, que estava “cheia”, e disse da importância de entrar para a História de Campo Largo, ao assinar o documento. E foi só.

No dia seguinte, na posse dos secretários, os assessors diretos do prefeito começaram a receber a atenção dos funcionários de carreira logo que entraram no auditório, informações sobre “querem que ligue o ar condicionado?” água gelada e informações úteis, para a cerimônia.

No gabinete do prefeito, no momento seguinte, os assessores tiveram que se virar, para começar a fazer funcionar a máquina administrativa. Nas secretarias as dificuldades não foram tão grandes, graças ao trabalho de alguns funcionários de carreira, mas no gabinete do prefeito, nem os telefones funcionaram direito. Até a coisa entrar na normalidade, vão ser necessártios dias, semanas talvez.