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Saúde

Saúde

31/12/2012

Alterações hormonais e inflamatórias estão associadas à compulsão alimentar

Saúde

31/12/2012

Fonte:isaude.com

A rotina das pessoas que sofrem de transtornos de compulsão alimentar periódicos (TCAP), está sendo investigada pela médica e nutricionista Henyse Gomes Valente da Silva, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que vem avaliando como a compulsão afeta a saúde dos obesos.

De acordo com Henyse, o padrão irregular na ingestão de alimentos em pessoas que sofrem de compulsão está associado, entre outros fatores, às alterações hormonais e inflamatórias envolvidas no processo de fome e saciedade. " Um dos objetivos da pesquisa é comparar o perfil metabólico e inflamatório de obesos que sofrem e de obesos que não sofrem com esse problema" , resume a pesquisadora. " Nossa hipótese é que indivíduos obesos com TCAP têm pior perfil metabólico e inflamatório, além de menor resposta ao tratamento dietoterápico" , conta Henyse.

Para verificar essa hipótese, cerca de 80 pacientes obesos - metade deles com compulsão alimentar e a outra metade sem esse distúrbio - estão sendo monitorados com uma série de exames para detectar seu perfil metabólico e inflamatório, antes e seis meses depois de iniciarem um tratamento nutricional e psicológico regular, na Policlínica Piquet Carneiro, da Uerj. " Vamos fazer dosagens hormonais da adiponectina, insulina e cortisol, além de avaliar, no primeiro semestre de 2013, o perfil inflamatório dos pacientes examinados, pela proteína C-reativa, conhecida como CRP (do inglês C-reactive protein), que é produzida pelo fígado" , explica Henyse. " Ainda avaliando o perfil metabólico, temos acompanhado o lipidograma e a glicemia, e já é possível dizer que houve uma melhora considerável antes e depois dos seis meses de tratamento em vários pacientes" , diz.

Pacientes com outros tipos de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, também são atendidos no núcleo. O atendimento psicológico é um diferencial no projeto. " Durante os seis primeiros meses de atendimento, eles participam de sessões semanais de psicoterapia de grupo. Depois desse período, eles continuam a receber um acompanhamento mensal, porque a compulsão não tem cura, mas pode ser controlada" , destaca.

Com informações da Uerj