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Opinião

Um buraco no meio do caminho

Um buraco no meio do caminho

21/12/2012

A atual administração Municipal de Campo Largo chega ao fim com muita coisa para se comemorar, principalmente em obras conquistadas junto aos governos Estadual e Federal e a atração de  grandes indústrias, com forte geração de empregos. Mas também temos que lamentar recordes de problemas que não foram solucionados, e que certamente ficarão para a nova Administração resolver. Dentre esses problemas, há alguns que são básicos, como o saneamento,  a pavimentação e a manutenção de pavimentos de ruas e calçadas.

E por falar em calçadas, esse é um problema que precisa de uma solução urgente, até porque todo cidadão corre risco, ao andar pelas ruas de Campo Largo. O calçamento da cidade é dos mais abandonados que se tem notícia. A começar pelo petit-pavè no centro da cidade, na praça da Matriz de Nossa Senhora da Piedade, um dos símbolos da cidade. Antigo, com cerca de 50 anos, o calçamento da praça Atílio de Almeida Barbosa vem sofrendo, ao longo dos anos, com o descolamento natural das pedras, forçadas pelas raízes  das magnólias, que também são ícones da cidade.

Não se pode culpar, entretanto, as magnólias. Até porque, quando elas foram plantadas pela primeira vez, não se previu o estrago que suas raízes poderiam causar ao pavimento. Deveriam ser plantadas em covas mais fundas, e com espaço maior entre as árvores e o calçamento. Hoje já são conhecidas técnicas eficientes para minimizar esses efeitos. Mesmo assim, as calçadas danificadas poderiam e podem ser reparadas, regularmente. E no calçamento onde não existem magnólias? Porque nessas calçadas há, também, pedras desalojadas das suas posições, o que cria  verdadeiras armadilhas para os pedestres.
Mas armadilha maior foi “montada” pelo descaso da administração pública para com a segurança do ir e vir do cidadão, no cruzamento das ruas Generoso Marques com Joanin Estroparo, onde, na noite desta Quarta-feira (19), um cidadão foi “sugado” por uma cratera que se abriu sob seus pés, quando trafegava pela calçada. O buraco, com mais de dois metros de profundidade e cerca de 1,5m de diâmetro, poderia até ter causado um acidente mais grave, fosse a vítima uma pessoa idosa ou uma criança. Felizmente o cidadão, o jornalista Carlos Bom Senhor, sofreu apenas escoriações generalizadas, foi socrrido por uma equipe do Siate e encaminhado ao Hospital Nossa Senhora do Rocio, onde foi medicado e liberado. Mas poderia ter sido um acidente mais grave, fatal até, temos que ser realistas.

Esse triste episódio parece fechar uma administração que tinha tudo para ser uma das melhores que o Município já teve, mas, infelizmente, havia um buraco no meio do caminho. No meio do caminho, havia um buraco.