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Opinião

A festa na qual se comemora o nascimento do menino Jesus

A festa na qual se comemora o nascimento do menino Jesus

20/12/2012

Antes da criação da Igreja Cristã, por volta do ano 300 da nossa Era, os povos do Hemisfério Norte comemoravam o Solstício de Inverno, no dia 24 de Dezembro. Era a data em que a sociedade marcava o fim de um período, de um Ano Solar, e o início do Ano Novo. A festa durava até 12 dias, mas era o dia do Solstício, a motivação maior, o centro das celebrações. Celebrava-se com as famílias e em grandes festas, regadas de vinho e alimentos, que já eram preparados para o Inverno que se iniciava. Por isso a tradição, passada até nós, do consumo de frutas secas, vinho e castanhas.

Com o advento da Igreja Cristã, a data foi marcada simbolicamente como o dia do nascimento de Jesus Cristo, dia 25, mas manteve-se as comemorações com a festa e Ceia do dia 24, estendendo-se para o almoço em família, no dia 25. Foi a forma encontrada de aproveitar a tradição pagã para aceitar os novos cristãos. Mas foi somente após a cisão da igreja Católica, já nos tempos modernos, que passou-se a incorporar, nas comemorações, a árvore de Natal, que teria sido montada pela primeira vez por Martinho Lutero.

Os costumes populares modernos incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição de decorações diferentes, incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e guirlandas, presépios e outras.

Hoje, a festa de Natal é carregada de simbolismo. A data carrega, além do nascimento de Jesus, e do simbolismo cristão, todo o apelo comercial do final de ano. É tempo de festas de confraternização, de troca de presentes, de reflexão sobre a vida, da solidariedade para com os carentes, sentimentos esses que deveriam ser lembrados não somente no Natal, mas em todos os dias do ano.

Vivemos um período de turbulências, de violência e de não observância dos valores morais, de ética e de Justiça. Vivemos um período onde as drogas dominam milhares, milhões de lares, onde não se aceitam Deus, e Cristo como seu filho, nosso irmão. Vivemos dias apocalípticos, de destruição da Humanidade. Mas não é o fim, apenas o limiar de uma nova era, de um novo entendimento da vida e do destino da humanidade. Precisamos aproveitar a data para refletirmos sobre o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Porque por mais bruto que sejamos, lá no fundo do nosso coração sabemos que nos move uma energia divina, uma centelha de Deus que Cristo, com o seu exemplo, nos mostrou que ela pode resplandecer e iluminar todo o Universo.

Esta energia, que nos faz olhar com mais atenção uma criança carente, e nos move a lhe dar um presente, uma cesta de Natal, ou uma simples oração, existe, e deveria ser cultivada, multiplicada para fazer com que nossas ações de solidariedade deixem de ser exceção, para se tornar regra.
Esse é o nosso pensamento, como construtores desse veículo de comunicação, a Folha de Campo Largo, e aproveitamos a oportunidade para desejar a todos os nossos leitores, anunciantes e amigos, seus familiares e à comunidade em geral, um Feliz Natal, com votos de prosperidade e Paz no Ano que se inicia.