30/11/2012

Foi realizado na terça-feira, 27, em Campo Largo, o programa Saúde na Estrada, do posto da rede Ipiranga em parceria com o Ministério da Saúde. Foi a primeira vez que Campo Largo recebeu a ação, a qual aconteceu no Posto Campo Largo, na BR-277.

Cerca de mil pessoas foram atendidas durante o dia, das 9 às 17 horas, com pico no horário de almoço e final do dia. O foco são os caminhoneiros, mas toda a comunidade pode aproveitar os serviços.

Foram oferecidos gratuitamente teste de Glicemia, de visão, pressão arterial, tipagem sanguínea e também vacinas (hepatite, febre amarela, gripe H1N1 e antitetânica). Além dos exames, os participantes foram orientados sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e dengue.

Os 30 profissionais envolvidos no atendimento em Campo Largo são estudantes técnicos de Enfermagem da CIE Integrado, que realizaram estágio voluntário, supervisionados pela professora Terezinha de Bona. Segundo ela, muitos caminhoneiros não têm tempo de diagnosticar uma doença, nem mesmo tratar. Além disso, é muito difícil eles cuidarem da alimentação por estarem sempre comendo fora de casa, o que acarreta em doenças.

“Este programa é uma oportunidade para que os motoristas tenham tempo de se cuidar”, afirma Terezinha. Casos que chamaram atenção foi, por exemplo, um homem em que diagnosticaram pressão alta; estava 24 por 14 e o caminhoneiro foi levado direto ao Centro Médico. Outro caso foi de um motorista com a glicemia muito alta, ele ainda em jejum.

O programa fica por dois meses circulando por diversas cidades. De acordo com o estudante e voluntário Rubens Lopes do Nascimento, a procura é muito grande e é gratificante ver o quanto as pessoas saem satisfeitas após participarem do programa.

Desde 2008, mais de 90 mil pessoas já foram atendidas. Em 2011, foi constatado que 22,7% das pessoas que receberam atendimento estão com a pressão arterial alterada. Os testes de glicemia também mostraram dados preocupantes: 12,7% dos profissionais da estrada apresentaram o nível de açúcar superior a 126mg/dl, considerado acima do normal. Além disso, mais de 20% têm problemas de visão e cerca de 70% dos motoristas estão com o peso pouco ou muito elevado.

Neste ano, as ações encerram no próximo dia 05. O programa itinerante conta com apoio de secretarias municipais e estaduais de Saúde, de unidades do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, respectivamente), de universidades e das polícias Rodoviária Federal e Estadual.