23/11/2012
A partir desta quinta-feira (22), até o dia 1º de dezembro, 385 serviços de saúde do Paraná vão oferecer gratuitamente o teste rápido para diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis e as hepatites B e C, e também a presença do HIV (vírus da aids). A campanha “Fique Sabendo” foi lançada nesta quinta-feira (22), em Curitiba, pelo secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, e será realizada em 220 municípios do Estado.
“O objetivo é ampliar o acesso ao teste rápido, uma ferramenta confiável e de boa adesão da população. Sabemos que uma epidemia silenciosa pode estar ocorrendo e por isso, além do diagnóstico, também estamos estruturando uma rede assistencial para tratar os casos de forma humanizada e eficiente”, afirmou Caputo Neto.
O Paraná é o único estado da região Sul a participar da mobilização nacional. Estima-se que nos 10 dias de campanha serão realizados no Estado mais de 50 mil testes. Após o período, os testes rápidos de sífilis e HIV continuarão disponíveis nos postos de coleta. Os testes das hepatites B e C estarão em 35 Centros de Testagem e Acompanhamento. A previsão é que até o final de 2013 todos os tipos do teste rápido sejam implantados nos 399 municípios paranaenses.
DIAGNÓSTICO – Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, a cada quatro pessoas infectadas com o HIV, uma ainda não sabe que tem o vírus. Embora não haja cura para a aids, é possível retardar os efeitos da doença com um tratamento adequado, garantindo qualidade de vida ao paciente.
No caso do HIV, o resultado é definitivo. Para a sífilis e hepatites B e C, o teste serve como triagem para a indicação de exames mais completos.
“Queremos identificar essas pessoas que vivem com o vírus. Com isso, poderemos evitar casos de transmissão vertical – aquele que ocorre, por exemplo, de mãe para filho na hora do parto”, explicou Sezifredo Paz.
Somente em 2011, afirmou, 19 casos de transmissão vertical de HIV e 412 de sífilis congênita foram registrados no Paraná. Com o Mãe Paranaense (programa de reforço ao atendimento a gestantes e recém- nascidos), a intenção é reduzir drasticamente esses números, visto que o teste rápido é indicado já na primeira consulta do pré-natal – tanto para a gestante, quanto para o companheiro. “Com o tratamento, as chances de transmissão vertical são nulas”, disse Sezifredo.
nesta quinta-feira (22)