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Saúde

Psicopedagogia: Para que?

Psicopedagogia: Para que?

09/11/2012

Caso você não tenha um filho em idade escolar, provavelmente não saiba o que faz um Psicopedagogo. Essa nova profissão ainda é desconhecida para muitos. Porém, com certeza você já ouviu falar desse ofício, se os seus pequeninos estão na luta diária pela educação. Ainda que seu rebento seja um exemplo institucional (aos olhos de seus professores), você com certeza ouviu ou ouvirá, mesmo que dentre as fofocas nas reuniões de pais, que um amiguinho foi encaminhado ao consultório Psicopedagógico porque apresentava dificuldades na aprendizagem.

Então você se pergunta: Mas o que significa ser um Psicopedagogo? O que ele faz? Será que ele irá solucionar o problema do meu filho que está com dificuldades na escola? Ato contínuo, você pensa: “Na minha época não se falava desse tal de psicopedagogo como hoje e talvez nem precisávamos desse profissional”. Certamente! Ainda que o primeiro curso de orientação psicopedagógica no Brasil tenha sido registrado em 1954,e apesar de, na minha época, esse ofício já existir, e ser bem amplo no meio educacional, meus pais sequer sabiam da existência desse “condutor” da educação. Porém, perdemos as contas de quantas horas diárias eu e minha mãe estudávamos, juntas, a bendita da Matemática que tanto me atormentava em idade escolar. Hoje são raras as “mães professoras”  - que deveriam receber um boletim à parte, com ótimas notas diga-se de passagem, ao final do ano. Não é minha intenção trazer à tona a dedicação dos atuais pais para com o processo de aprendizagem de seus filhos, mas sim ressaltar que é escasso seu tempo, o que não os permite estudar e fazer tarefas diárias junto com os estudantes, nem tampouco analisá-los em suas esferas emocionais e cognitivas.

Nesse cenário, o psicopedagogo identificará, por meio do trabalho clínico, e através de seus diversos instrumentos, quais as causas da dificuldade na aprendizagem desse educando. Confirmado o diagnóstico, o especialista iniciará o atendimento através de jogos, brinquedos, brincadeiras, histórias, desenhos, e demais recursos, resgatando na criança e no adolescente sua autoestima, fazendo-os perceberem suas potencialidades e auxiliando-os a recuperarem seus processos cognitivos e afetivo-emocionais. No caso dos alunos com necessidades especiais, o profissional busca em outras áreas (como a psicanálise, a neuropsicologia, a linguística, a medicina e etc.) o suporte para analisar o educando como um todo (bio-psico-social). Além disso, o psicopedagogo poderá conduzir o aprendiz em tarefas simples e diárias, como a corriqueira e importante “lição de casa”, ensinando-o a estudar e realizando, assim, um trabalho preventivo e terapêutico.

Michelle Klaumann
Pedrozo
Pedagoga, Psicopedagoga e Mestre em Educação.
www.psicopedagogiacuritiba.com.br