08/11/2012
Estudo realizado pela Secretaria do Estado da Saúde em parceria com a Universidade Católica de Santos constatou que a cirurgia bariátrica, ou de redução do estômago, pode acarretar problemas nos fetos gerados por mães que se submeteram a intervenção.
Segundo os pesquisadores, 50% dos bebês nascidos nessas condições apresentaram baixo peso, 14% tiveram problemas respiratórios ou pulmonares, infecções e até precisaram de reanimação pós-parto.
Participaram do estudo 35 mulheres na faixa etária entre 24 a 39 anos, que ficaram grávidas após ter realizado cirurgia bariátrica. Os cientistas acreditam que a redução do estômago pode ter causado maior vulnerabilidade nutricional nas gestantes, refletindo nos fetos, afetando inclusive a amamentação.
Tanto que 74% das mulheres engravidaram um ano depois da cirurgia e 28,5% num período inferior a um ano. Dessas, 68,6% amamentaram os filhos por um período inferior a seis meses, com 43% por apenas dois meses.
Como na cirurgia do estômago o paciente tem o órgão diminuído, limitando a quantidade de alimento que normalmente seria consumida; e também partes do intestino desviadas para não passar pelo duodeno, obrigando a utilizar as reservas corporais que possui.
Se o processo já é prejudicial em condições normais, que dirá para alguém que precisará de reservas não prejudica a absorção dos alimentos. Nessas condições a pessoa acaba sem nutrientes para si e para uma criança que precisará gerar.