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Saúde

Estenose aórtica pode ser confundida com outras doenças

Estenose aórtica  pode ser confundida  com outras doenças

01/11/2012

A estenose aórtica é uma das doenças mais comuns das válvulas do coração. Ocorre que ela pode ser confundida com outros problemas de saúde, por provocar sintomas como fadiga, dificuldade em respirar e desmaios, e nem sempre apresentar dor no peito num primeiro momento. Por isso, a cirurgiã cardíaca, Andréa Dumsch de Aragón, do Centro de Referência em Cirurgia Cardíaca do Paraná, alerta sobre a importância de realizar exames periódicos para detectar a doença, que é grave e pode levar à morte em pouco tempo.

A estenose estreita a válvula aórtica do coração, dificultando a passagem do sangue. Suas causas estão ligadas à doença reumática, congênita ou degenerativa, que acomete pessoas mais velhas. A doença é muito comum na terceira idade, por isso, devido ao envelhecimento da população, estima-se que de 2% a 4% das pessoas acima de 65 anos venham a desenvolver este tipo de problema.

Andréa Dumsch de Aragón explica que o tratamento indicado para quem sofre com estenose aórtica  é a substituição da válvula doente por uma prótese, que permite ao sangue voltar a circular normalmente. Ela enfatiza que até pouco tempo, muitas pessoas não podiam se submeter a essa troca, pois, o risco de morrer durante a cirurgia convencional era muito alto. Mas, um tipo de cirurgia bem menos invasiva está trazendo bons resultados para pacientes inclusos no chamado grupo de risco.
 

“A cirurgia transapical tem a mesma função da convencional, que é trocar a válvula doente por uma nova, e oferecer uma melhor qualidade de vida para a pessoa acometida pela doença. Porém, é realizada de forma bem mais rápida e com bem menos riscos para o paciente. Aqui no Paraná, já há resultados positivos”, afirma a cirurgiã.

Como é a cirurgia

Bem menos agressiva, na cirurgia transapical não é necessário serrar o osso do peito, o que diminui o corte de 25 cm feito em uma cirurgia convencional para 6 cm. Também não é necessário parar o coração. “Além disso, o procedimento leva em torno de uma hora, e o paciente sai da sala de cirurgia conversando, enquanto que o tempo médio da cirurgia convencional é de três horas e o paciente sai da sala desacordado”, esclarece a cirurgiã cardíaca Andréa Dumsch de Aragón.

A válvula aórtica artificial é implantada no paciente por meio de um cateter (tubo fino e flexível), via femural ou pela ponta do coração.

Centro de Referência

O Centro de Referência em Cirurgia Cardíaca do Paraná é  pioneiro em diversos procedimentos cardiovasculares no Brasil, como os transplantes com válvulas descelularizadas, revascularização do miocárdio por vídeo e cirurgia da válvula aórtica transapical. Com uma equipe multidisciplinar, formada por médicos cirurgiões, pesquisadores e estudiosos, trabalha com as mais avançadas técnicas de mercado no tratamento das doenças do coração e administra o uso de novos medicamentos para conservar e evitar rejeição em transplantes de órgãos. Todos os procedimentos são realizados com tecnologia avançada e auxílio da robótica, o que permite maior sucesso, melhores resultados e uma recuperação mais rápida do paciente.
Mais  informações: www.cardiovalvula.com.br.