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Saúde

Lesões na pele

05-03-2010

Todo mundo já sabe que é importante usar filtro solar regularmente, mas poucos ainda criaram este hábito.

Lesões na  pele

 05-03-2010

 Todo mundo já sabe que é importante usar filtro solar regularmente, mas poucos ainda criaram este hábito. É preciso usar fator 30 no mínimo três vezes ao dia e não só quando está exposta ao sol. Quando fica em ambiente fechado precisa ser passado a cada quatro horas e em ambiente externo a cada duas horas, pois após este período começa a perder a eficácia da proteção.
     Segundo a dermatologista clínica, cosmiátrica e cirúrgica, Aline Fukuda, passar protetor não elimina a possibilidade de ter Câncer de Pele, mas reduz consideravelmente as chances. Ainda afirma que o dano da radiação é cumulativo e quanto maior exposição, maior o risco. Ela diz que tem sido comum a procura de pacientes que apresentam Câncer de Pele.
     O Câncer divide-se em dois grupos, o não melanoma, que é benigno, e o melanoma, maligno. Dentro do grupo do não melanoma o mais frequente é o chamado de CBC, que corresponde a 75% dos casos. Acontece em pessoas com pele clara, geralmente com cabelos loiros, que tem pele que toma sol e não bronzeia e que tem excesso de exposição aos raios ultravioletas. As regiões do corpo onde mais aparece a lesão são pescoço e face, principalmente no nariz. "É como se fosse um nódulo meio transparente e costuma ter vasinhos", explica.
     A dermatologista alerta que toda lesão que tenha surgido de repente e que não desapareça precisa ser avaliada. O nódulo fica bem brilhante, às vezes pode sangrar e tem aumento gradativo.
     Nestes casos é preciso fazer biópsia e geralmente é caso cirúrgico. Mas é exceção fazer metástase, caso em que atinge órgãos internos. "É uma agressividade local, mas é preciso tirar porque senão pode atingir cartilagem e osso", completa.
     Há ainda o chamado CEC, que apresenta fatores de risco parecidos com o CBC, além de acontecer em pessoas imunodeprimidas (que tenham HIV ou fizeram transplantes), com queimaduras e úlceras crônicas.             Aparece no pescoço, mãos e face, especialmente no lábio inferior e orelha. Aline relata que o nódulo aparece de várias formas e precisa de avaliação.

 Maligno
     O preocupante é o melanoma, que é um tumor e corresponde a apenas 4% dos Cânceres de Pele, mas representa 90% dos casos de mortes dentro da Dermatologia. Geralmente ocorre em pessoas de 30 a 60 anos e é caracterizado por uma lesão escura.
     Aline fala que o paciente precisa avaliar o que eles chamam de ABCDE do melanoma. Observar a assimetria da lesão (ver se um lado da lesão é diferente do outro), as bordas (se tem várias reentrâncias e é irregular), a cor (o mesmo nódulo pode apresentar cores avermelhada, esbranquiçada, marrom clara, marrom escura e preta; e quanto mais cores apresentar, mais avançado é o caso), dimensão (acima de 6mm é preocupante), e expansão (lesão que esteja crescendo).
     Quando são apresentadas todas essas características no nódulo, é porque já está em estado bem avançado e o Câncer está com alto risco de ter atingido órgãos internos. Se o diagnóstico é feito precocemente a chance de sobrevida, segundo a dermatologista, é de 100%, e se observado em fase mais tardia a probabilidade de sobrevida cai em 50%. É preciso estar atento aos nódulos, pois a pessoa não sente nenhum outro sintoma.
     O índice de gravidade da doença está relacionado à profundidade e não ao tamanho do nódulo, de acordo com o índice de Breslow. O tratamento varia de acordo com cada caso, mas é feita uma retirada ampla da lesão e avalia-se os órgãos internos para começar um tratamento específico.
     Aline explica que toda pessoa precisa pelo menos uma vez ao ano passar por avaliação de um dermatologista e ao notar uma lesão diferente é preciso fazer a consulta o quanto antes.
     Ela atende na Clínica Resnauer, localizada na Rua Oswaldo Cruz nº 1870. Contato pelo telefone 3032-4012.